O comentarista Roberto Barros, que tantas contribuições já me deu aqui no blog, lançou manifestação à postagem "Há coisas que nunca mudam". Ei-la:
Yúdice,
sem generalizações, mas educação no Pará tem o seu contexto próprio. Os nossos alunos se profissionalizam muito tarde (sem falar na maturidade natural). Se prendem a relações paternais de modo arraigado e respondem com indignação quando essa relação é ameaçada. Nossas instituições de ensino ainda são vistas como lugares de passagens e não como locais de formação — e eu nem estou sendo idealista. A percepção de que a vida profissional é uma vida sem tutela e de responsabilidades decisivas ainda é o caso de alguns "iluminados" e isso faz a vida dos professores — classe absolutamente desunida — muito difícil.
Por essas e outras o estado tem uma dos piores índices de desenvolvimento humano do País. Muito do atraso do Pará vem daí.
Roberto Barros
Confesso que jamais pensara sob o viés acima, de modo tão completo. Já percebi, faz tempo, a enorme dependência familiar de nossos jovens (eu mesmo fui exemplo disso), assim como já percebi a falta de clareza sobre o que é um curso superior. Mas não chegara a fazer a relação, de tão profundas implicações psicológicas. Logo na primeira leitura, as palavras de Roberto me impressionaram. Fui concordando automaticamente. As consequências do que ele afirma todos podemos ver, cotidianamente.
3 comentários:
Amigo,
Lástima eu sinto em presenciar uma situação tão triste e humilhante; degradante e deprimente.
Que formação é esta que o nosso país almeja?
Como execrar publicamente uma estudante?
Nem palavras...
Nossa yúdice,
obrigado pelas palavras e pelo destaque. Eu gosto de contribuir com as discusões inteligentes e atuais do seu Blog. Desse modo, eu é quem agradeço e te elogio pelo Blog.
Roberto.
Ei, Liandro, não seria este um comentário para outra postagem?
Imagina, Roberto. Sou eu mesmo quem precisa agradecer. A audiência e as palavras de agora.
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