quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O peso de uma greve

Cidadão comum, dependente de serviços bancários, já amarguei os meus prejuízos por conta da greve da categoria, que há vários dias inferniza a vida dos brasileiros. Prejuízos economicamente mensuráveis, além do desgaste emocional. Ontem, p. ex., sem a opção da Internet por não ser cliente de certo banco, 40 minutos perdidos na frente de um caixa eletrônico que, no final das contas, não me ofereceu a opção de que eu desejava. Tempo perdido, pura e simplesmente.
Os problemas se intensificam porque, como já reclamei aqui no blog, uma quantidade estarrecedoramente grande de pessoas insiste em ignorar que suas contas podem ser pagas pela Internet, em suas próprias casas, com toda a comodidade e segurança. Por sinal, tal serviço já está disponível há alguns anos. Mesmo assim, esses cornos cidadãos brasileiros insistem em se enraizar na frente das máquinas, com dezenas de contas a pagar, a maioria de consumo e prestações de alguma coisa, ferrando com a vida de quem só dispõe daquele meio para realizar a operação desejada.
Surge a notícia, contudo, de que o comando de greve já teria sinalizado a aceitação da proposta da categoria econômica. Em assembleia hoje, pode ser que o movimento termine.
Já passou da hora.

2 comentários:

Anônimo disse...

Esse assunto ""greve" é muito delicado, pois sabemos que as leis trabalhistas só existem por causa das greves. Nem todo patrão respeita seus funcionários. E as greves não reivindicam só aumento de salário, há tbm reivindicação por melhores condições de trabalho.
É claro que, qdo precisamos do órgão em greve, tendemos a sair do sério... E como. Bom dia!!!
Ana Miranda.

Yúdice Andrade disse...

Sabemos que, sem os movimentos grevistas, era bem possível que a jornada de trabalho ainda fosse de 16 horas diárias, crianças incluídas. Mas os bons objetivos não afastam os abusos e o fato de que, no final das contas, o prejuízo recairá sobre quem é inocente, o usuário.
Além do mais, incomoda-me que, durante a greve, os trabalhadores tirem férias, quando deveriam estar em seus postos de trabalho, mobilizados, pressionando os patrões e tentando explicar à população a necessidade do movimento. Sem isso, greve vira lazer para aqueles que não estão diretamente atuando no sindicato.