A indústria estadunidense do entretenimento movimenta bilhões de dólares com os seriados, o seu produto dramatúrgico mais bem sucedido. Com a experiência acumulada e a seriedade com que trata o lazer, os empresários e artistas do setor conseguem oferecer ao público produtos de alta qualidade, que se tornam febres mundiais. Que o digam os fãs de Arquivo X, nos anos 1990.
O sucesso e a respeitabilidade que certos programas auferem é tanto que se chega a situações com a de ER (Plantão Médico), em que muita gente famosa fazia questão de fazer uma ponta. Ou a de Os Simpsons (o povo pensa que é um desenho de criança, mas também é um seriado e dos mais bem sucedidos da História), que conseguiu estampar Marge Simpson na capa de Playboy, uma das mais prestigiadas revistas do país (sim, é; não adianta questionar o conteúdo). Nunca antes algo não humano foi capa de Playboy. Mas agora será e olha que sempre achei d. Marge uma baranga. Com todo o respeito, é claro.
Há uma década, o sucesso atende pelo nome de Crime Scene Investigation, o celebérrimo Siessai, que ganhou duas franquias. Uma delas, passada em Miami, já foi apontada como o programa de TV mais visto no mundo — uma provável conjugação de cenários paradisíacos com tramas pessoais novelescas, bem latinas. E o protagonismo impagável de David Caruso que, com seu compulsivo tirar e botar os óculos escuros e com suas frases de efeito másculas, galgou o topo de maior canastrão da TV. De todos os tempos, provavelmente.
O CSI original, passado em Las Vegas — o melhor de todos —, chega a sua décima temporada esbanjando vitalidade. Só assim para, quando ainda se fala em crise por todos os lados, ter o topete de gastar 400 mil dólares só na sequência de abertura, tornando-se assim titular da cena mais cara de toda a história da TV. Uma ótima sequência, que você pode ver através do YouTube, clicando no link. Abaixo, um aperitivo.
As cenas utilizaram a técnica conhecida por bullet time, criada para a badaladíssima (e sacal) trilogia Matrix. Você com certeza conhece, pois virou uma coqueluche, que todo mundo tentava imitar, inclusive em comédias destinadas ao público infantil, tais como Shrek, Deu a louca na Chapeuzinho e Como cães e gatos.
Ver as imagens dá uma vontade doida de assistir ao episódio. Não apenas pelo visual, mas sobretudo pelo caos que apresenta, expondo a grande perigo os protagonistas.
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