terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Obras que não dão exatamente certo

Faz sete meses que o Complexo Viário Júlio Cezar Ribeiro de Souza foi inaugurado. Como passo por lá todos os dias, posso dizer que ele melhorou e muito a fluidez do tráfego e nossa qualidade de vida, nesse particular. Em suma, era uma obra necessária e, em seu entorno, continua a construção de outros equipamentos previstos no Ação Metrópole, que dotarão a comunidade próxima de opções de lazer, p. ex. As queixas quanto aos pontos de alagamento são justas; de fato, alguém precisa resolver esse problema, antes que aconteçam acidentes.
Entretanto, todo final de tarde, um grande engarrafamento se forma na Av. Júlio Cezar, no trecho entre o elevado e a Av. Dalcídio Jurandir. O elevado e até mesmo a pétala que dá acesso a ele, para quem vem do centro pela Pedro Álvares Cabral, ficam paradas. Ou seja, moradores daquela região, que sonhavam em voltar do trabalho em paz, viram seu desejo escorrer pelo ralo. Imagino que o gargalo está relacionado às obras pendentes, que estreitam a via. Pelo menos, um inteligente fez o favor de retirar a ridícula lombada que havia logo na saída do elevado.
A poucos quilômetros dali, a reforma da Av. Arthur Bernardes ainda nem foi inaugurada. Passei em duas ocasiões por ali, nos últimos dias, uma vez à tarde, outra de manhã. No trecho entre a base da Marinha e a Pedro Álvares Cabral, asfalto novo, lisinho, sinalização vertical e horizontal. Tudo ótimo? Não. Colocaram a ciclofaixa à direita. Ocorre que, na confluência entre as duas avenidas, havia um tempo do semáforo diferenciado: quem trafegava pela Arthur Bernardes e chegava na Pedro Álvares Cabral para seguir em frente, deveria parar, mas quem fosse dobrar à direita poderia seguir. Agora, com a ciclofaixa, isso acabou. Aliás, a pista dupla ficou estreitada para única. Resultado: um engarrafamento e tanto, a qualquer hora do dia. O prejuízo não é só de motoristas e passageiros dos veículos encurralados: é também dos moradores. A concentração de dióxido de carbono que sai dos escapamentos dos veículos é maior quando eles estão parados. Ou seja, engarrafamentos também são nocivos à qualidade do ar e, portanto, ao meio ambiente e à saúde das pessoas. Quem mora naquela faixa de um quilômetro, mais ou menos (e é um local bastante povoado), está fadado a respirar gases tóxicos. Não sou especialista em engenharia de trânsito, mas ouso dizer que, se a ciclofaixa fosse à esquerda, o problema seria minimizado.
Espero que as pessoas capazes de reverter os problemas aqui descritos ao menos tomem conhecimento do que está se passando e, claro, ajam.

2 comentários:

Cléoson Barreto disse...

Olá!
Será que seria pedir muito pra esses "engenheiros de tráfego" que previssem este tipo de situação? Acho que alguns problemas são tão óbvios vão acontecer que chego a duvidar da capacidade das pessoas que projetam essas estruturas. Ou seria pura politicagem e descaso com os cidadãos?
Um abraço!

Yúdice Andrade disse...

Cléoson, fiquei com essa sensação de que a instalação da ciclofaixa como está era algo óbvio demais para não ser percebido. Mas sou leigo... Vai ver que o errado sou eu.