O Haiti, um dos países mais pobres do mundo, foi redemocratizado em 1990 e, mesmo assim, uma democracia infinitamente mais instável e capenga do que a brasileira, que ainda funciona à base de coronelismo e compra de votos.
A ilha caribenha, que no ano passado foi vergastada por um violento terremoto, que lhe custou mais de 200 mil vidas, está em processo eleitoral para escolha de um novo presidente. Apesar de a votação em segundo turno ter ocorrido no domingo passado (20 de março), o resultado está previsto para 16 de abril, quase um mês depois. Pior do que nos Estados Unidos!
O interessante é que os prognósticos apontam a vitória de Michel Martelly, um cantor popular de kompa, um desses alegríssimos ritmos caribenhos. Parece que o povo haitiano se identificou com o político novato de 50 anos que, ao menos na música, deve falar a língua do povo.
Desejo-lhe sorte e espero que corresponda aos anseios e necessidades desse povo tão sofrido.
Mas espero, devo dizer, que a moda não pegue por estas bandas daqui. Ainda mais considerando o avanço de pseudocantores, pseudoatores, pseudo-humoristas, bundas ambulantes e jogadores de futebol a mandatos eletivos, no pleito do ano passado. Seria de meter medo que um desses fulanos que já transformam nossos ouvidos em latrina decidissem espalhar o material biológico para a política.
Luan Santana presidente? Juro que me suicido...
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