A porta da escola de minha filha é uma terra de ninguém, graças à boa educação dos pais de alunos. Todo dia é preciso um renovado esforço de paciência, para cumprir meu papel sem infartar. Hoje, porém, ainda de longe avistei uma viatura da CTBel, estacionada no posto de gasolina bem à vista de todos, com o giroscópio acionado. Animei-me a ver o que estaria acontecendo com os motoristas infratores.
E o que aconteceu? Nada. Estavam lá, como sempre, os estacionados em fila dupla (inclusive na curva; não consigo entender como alguém expõe o seu patrimônio a um risco de dano desses) e até tripla. Alguns continuaram parados em local proibido, placidamente esperando, com aquela cara de paisagem que denota o menosprezo pelos demais. Continuaram também os que ligam o pisca-alerta e descem, na cara dura. Enfim, tudo como sempre.
Dei sorte e encontrei uma vaga bem perto da escola e saltei olhando para a viatura. Guarnecida por uma película escura — inclusive no parabrisa, o que é proibido pela legislação de trânsito! —, não me deixava saber se havia algum agente de trânsito dentro. O fato é que entrei na escola, deixei Júlia, voltei, entrei no carro e continuei olhando. Abri meu vidro lateral para enxergar melhor e, suponho, não havia ninguém na viatura. Enquanto manobrava para sair, resvalando entre os carros em fila dupla, procurei um agente na rua, por toda parte, e não vi o menor sinal.
Afinal de contas, aquela picape estava ali para quê?! Só para estacionar sobre a calçada, local proibido?
2 comentários:
Yúdice, cherry, tu é que não entendeste. A viatura da CTBEL foi deixar o filho/filha de algum grandão do órgão na escola. Sacou, agora?
Não tinha pensado nisso, Lilica. Mas agora que falaste, até penso que a hipótese mais provável é que os agentes estivessem tomando o café da manhã na loja de conveniência do posto.
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