Dormíamos aqui, em plena madrugada, e já eram 15 horas no Japão quando aquele país foi atingido por um terremoto de 8,9 pontos na escala de Richter, até agora considerado o sétimo maior do mundo. Os japoneses enfrentam, além do medo e da destruição, a interrupção dos serviços de telefonia e de transportes.
A escala de Richter ou escala de magnitude local serve para mensurar a quantidade de energia produzida por um abalo sísmico. Oficialmente aberta, não prevê um valor máximo, mas graças a Deus nunca foi registrado nenhum sismo de valor 10 (não disse que nunca aconteceu, mas que se desconhece sua ocorrência). O sismo mais violento que se conhece alcançou 9,5 pontos (Chile, 22.5.1960), o suficiente para devastar milhares de quilômetros em torno do epicentro. O terremoto de hoje assegura destruição em centenas de quilômetros, o que assume especial gravidade num país insular de dimensões modestas, como é o Japão.
Em seu blog, Alexandre Mauj Imamura Gonzalez, brasileiro morador da região central do Japão, fornece detalhes sobre o evento. Pouco depois da publicação desta postagem, ele me encontrou aqui e deixou um comentário. Boa sorte aí, Alexandre.
Mas os japoneses estão preparados para enfrentar catástrofes naturais. Quanto possível, é claro. Até o presente momento, foram confirmadas 40 mortes (até agora; claro que esse número continuará crescendo), mas ainda não se pode estimar o total de prejuízos materiais. Para fins de comparação, o terremoto ocorrido no Haiti em 26.1.2010 teve intensidade 7,0 (quase vinte vezes mais fraco do que o de hoje) e, mesmo assim, estima-se que tenha levado à morte cerca de 200 mil pessoas.
Recursos financeiros, tecnologia, responsabilidade política e grau de instrução do povo fazem toda a diferença.
3 comentários:
Um terremoto dessa monta e 32 mortos? Quase o mesmo nível de preparo e antecipação para evitar danos maiores que tivemos, no Rio de Janeiro, quando das fortes chuvas...aí vai um alô às autoridades públicas, onde quer que possam existir.
Essa, infelizmente, foi a primeira notícia que tive ao ligar a tv.
Também fiquei menos triste com o número reduzido de mortos perante tamanha tragédia...
Realmente, "Recursos financeiros, tecnologia, responsabilidade política e grau de instrução do povo fazem toda a diferença."
Claro que o número já subiu muito, Antônio. Acabei de conferir e os mortos chegam a 337. Obviamente, nada que se compare com os números do Rio de Janeiro, ainda mais considerando que a tragédia era evitável, coisa que o terremoto japonês não era.
Feliz o povo que pode dizer o que disseste, Alexandre: não temos o que nos queixar do governo. Será que um dia o Brasil chegará a essa condição?
Boa sorte para vocês aí.
E o próprio caráter do povo, Ana. Há espírito de colaboração.
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