quarta-feira, 9 de março de 2011

Marchinha de carnaval

O carnaval está acabando (graças a Deus!) e devo admitir que, por causa dele, pude dirigir alguns dias com tranquilidade, passando por ruas onde usualmente padeço até os pecados que nunca pensei em cometer. Mas a folia terminará e, amanhã, só teremos a dura realidade. Por isso, já me preparo para os desafios vindouros, se é que se pode chamar a isso de preparação.
Andei pensando e me dei conta de que gostaria de ter talento para compor. Se tivesse, eu comporia uma marchinha de carnaval, com vistas a cantá-la durante o ano inteiro. Uma marchinha concebida para homenagear duas das categorias mais detestáveis que habitam esta cidade e proliferam como bactérias: os que param em fila dupla e os que trancam cruzamentos. A composição ainda não tem letra, mas já tem título: "Filho da dupla".
Não me importo que alguém pegue essa ideia e a desenvolva. Aliás, eu gostaria muito que acontecesse.

7 comentários:

Anônimo disse...

Prezado Yúdice,

há muito eu desisti de morar em Belém. Muito embora o resquício de um apreço meu pela cidade e por alguns amigos a formação das minhas filhas falou mais alto e eu troquei de lugar. Todavia, hora ou outra, visito alguns blogs para saber um pouco da cidade - pois apenas muito precariamente posso fazer isso por meio dos jornais de aluguel de Belém. Mesmo com o tempo, porém, o trânsito selvagem da cidade não me sai da memória. Recentemente encontrei uma belemense que esteve em férias por aí e ela fez uma afirmação que foi sempre a minha opinião: "Em Belém só trafega quem não sabe dirigir". Concordo plenamente. Mas mesmo assim, e é esse o sentido de minha postagem, eu acho que os verdadeiros filhos das putas são os gestores e políticos dessa cidade bela mas tão mal tratada. Esses que hipócritas e omissos que enriquecem da noite para o dia e são os responsáveis diretos pela carência inexplicável e pelo atraso de Belém.

Mas a você eu desejo os melhores votos e uma paciência sobre humana no trânsito.

Atenciosamente

Roberto Barros.

Yúdice Andrade disse...

Salve, Roberto! Sem dúvida que não tenho como criticar o teu comentário. Os pontos que mencionaste realmente afetam muito a escolha de Belém como lar. Mas quero acreditar que o dia em que voltarmos a ter governo poderemos esperar alguma mudança. Nossa cidade nem sempre esteve jogada às traças. Mesmo com toda a má educação de seu povo, era possível viver com dignidade aqui.
Esse dia há de retornar, se Deus quiser.

Anônimo disse...

Gostei da provocação. Sintam-se livres para modificar.

"Paris, Pariquis"

A kombi anfíbia desafia o bom senso.
Encara o riacho, e sacoleja, mas que tomento!
De primeira marcha, pra não parar, como o vento.
Mas a valentia tem limite, ô elemento!

O picadeiro do Dudu traz consigo um ensinamento:
coragem demais, meu bom rapaz,
rima sempre com aborrecimento!

Onde Pariquis for chafariz,
enquanto for a palhaçada diretriz,
dançaremos todos, abraçados,
num único engarrafamento!

Ana Miranda disse...

Eu também odeio as tais filas duplas e paradas em cruzamentos, fico "p" da vida porque também odeio as buzinadas e minha vontade é de colocar o dedo na buzina e só tirar quando a pessoa desqualificada que faz isso, sair da frente. Afffffffff.
Eh...eh...eh... "Filho da Dupla"??? Acho que seria legal, se fosse eu a compositora, seria proibido a menores, pois haveria todos os palavrões...

Liandro Faro disse...

Meu prezado Amigo,

De onde vem o trauma do Carnaval? rs

Yúdice Andrade disse...

Das 1h17, parabéns pela iniciativa. Gostei muito da maneira como a canção termina. Pegaste o espírito da coisa.

Mas, Ana, querida, já toca no rádio tanta coisa repleta de palavrões. Que diferença faria?

Trauma nenhum, Liandro. Só não bate com a minha emoção. E é tudo tão sem sentido...

Anônimo disse...

Professor,
Se forem fazer realmente uma marchinha de carnaval com o trânsito de Belém, a letra será maior do que faroeste caboclo do Legião Urbana, dada a quantidade de ruas-problemas que temos, a quantidade de infrações que vemos em todas as ruas temperado com a educação de nossos motoristas.
Acho que será a primeira "marchona de carnaval.

Felipe Andrade