O Banco de Leite da Santa Casa de Misericórdia do Pará está precisando de doações. Sim, de leite materno. O pedido está sendo disseminado pela imprensa, a partir de texto formulado pela assessoria de comunicação daquela casa de saúde, que você pode ler clicando aqui. O texto explica a finalidade e os procedimentos adotados no banco.
É muito importante contribuir, quem puder. Disso dou meu testemunho pessoal — ou antes, familiar. Mais de dois anos atrás, quando minha esposa vivia os primeiros tempos da amamentação, sofria porque Júlia não sabia abocanhar a mama adequadamente. Com isso, feria o mamilo da mãe, mamava menos do que devia e o resultado foi um quadro de mastite, que agravou consideravelmente a dor que Polyana já sentia durante a amamentação.
Enquanto os médicos (oito, no total) discutiam qual a solução mais estúpida ou inútil nos dariam, e depois de uma torrente de remédios inócuos, quem nos salvou foram as enfermeiras da Santa Casa. Ali, naquele ambiente repleto de regras de higiene e conduzido por profissionais carinhosas, educadas e profundamente humanas, fomos acolhidos com atenção. Polyana recebeu as instruções adequadas, Júlia mamou melhor, a mastite foi embora e, durante alguns dias, infelizmente poucos, Polyana conseguiu coletar leite para doar.
Foi assim que conhecemos o trabalho extraordinário que a Santa Casa realiza, às vezes vilipendiado por setores irresponsáveis da imprensa que, para viabilizar suas tramoias políticas, leva ao descrédito um trabalho sério e belíssimo. Soubemos, p. ex., da quantidade de mulheres que ali se internam para ter seus bebês, vindas de todos os cantos do Estado, o mais das vezes sem uma única consulta pré-natal. Mal nutridas, as próprias mães têm dificuldades para produzir o precioso leite, de que seus bebês, muitas vezes abaixo do peso e especialmente frágeis, necessitam com urgência.
A doação que a Santa Casa pede, neste momento, salva vidas. Sem exageros ou dramaticidade. Salva vidas.
Em minha família, não há quem possa ajudar. Quem puder, ajude.
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