domingo, 13 de março de 2011

A palavra que arde

Sexta-feira à noite, quando encerrei a minha última aula da semana, mas ainda precisava esperar por pelo menos duas hora e meia até minha esposa terminar, sentei-me à frente do computador à cata de um assunto sobre o qual escrever. Queria muito escrever, mas não podia ser uma banalidade. Nem me interessava fazer o estilo Twitter, escrevendo coisas como "Ei, estou sentado numa cadeira" ou "Escuto minhas tripas funcionando". Queria algo produtivo.
Naveguei pelos blogs, li os portais jornalísticos, visitei algumas páginas interessantes, mas nada me inspirou a redigir algo próprio. Fui desistindo e encerrei a navegação, algo frustrado. De lá para cá, aconteceram ou tomei conhecimento de umas tantas coisas que mereciam comentários, mas passei o dia fora de casa e, tendo retornado, estou ocupado e... sem vontade!
Pode parecer meio paradoxal que eu esteja sem vontade de postar e esteja fazendo justamente isto, mas esta é uma postagem do tipo desabafo (se chega a tanto), sem nenhuma utilidade aparente a não ser dizer aos leitores que ainda estou por aqui, neste plano. Mas eu mesmo não entendo como tenho o que dizer e não me parece o momento de fazê-lo.
Decerto que alguns desses assuntos morrerão pela simples passagem da noite. Um deles sobreviverá e será tratado amanhã, com certeza. E também tenho certeza de que preciso passar mais tempo em minha própria casa.
A propósito, eu gosto muito de estar em casa. Mas tenho uma pessoa extremamente próxima que, muito pelo contrário, parece ter uma necessidade quase biológica de viver na rua, sabe-se lá à procura do quê. Suponho que se trata de uma necessidade inventada e que se ele descobrisse o que procura, preferiria ocultar de si mesmo a descoberta. Caminhar a esmo parece ser o objetivo.
E você? Tem uma alma sedentária ou caminhante? Ou por outra: já encontrou o que procurava?

3 comentários:

Ana Miranda disse...

Tirando minha corrida, que é o ar que eu respiro, sou totalmente sedentária.
Eu nem procurei ainda, a preguiça não deixa...

Yúdice Andrade disse...

Meu caso é pior, porque não existe essa corrida. E quando me ocorre de fazer atividade física, jogo-me na cama e espero a vontade passar!

Anônimo disse...

Eu gostaria muito de poder escrever as diversas coisas que vejo e acho dignas de comentários, mas ao mesmo tempo tenho um certo receio, pois, você bem deve saber, às vezes os pontos de vista não batem sobre um determinado assunto e sempre tem aquele xarope que vai te torrar a paciência pelo que você escreveu. No entanto, meu celular serve de gravador e caderno, pois sempre que tenho alguma boa ideia ou quero argumentar sobre algum assunto, gravo notas em texto ou áudio. Mas por enquanto tudo serve apenas para uso privado. Quem sabe um dia não me proponha a escrever publicamente…

Alexandre