Tomei conhecimento na semana passada de deliberação da Ordem dos Advogados do Brasil, no sentido de sugerir um piso salarial mínimo para professores dos cursos de Direito, que funcionaria como um dos critérios de avaliação dos cursos. A proposta me deixou preocupado, no que tange às suas consequências. Mas ao invés de tentar escrever a respeito, fui inteligente e corri atrás de uma opinião muito mais abalizada, porque parte de quem conhece a gestão de um curso de Direito, os processos de avaliação de cursos do MEC (ele é também um avaliador), está mais perto da OAB e tem relações íntimas, inclusive na administração, da Associação Brasileira de Ensino do Direito — ABEDi.
Aos interessados, leiam.
5 comentários:
Por que o professor do curso de Direito tem que ter um piso salarial difrerente dos professores dos demais cursos superiores? E os professores do enino médio, fundamental e básico? A OAB perdeu a chance de ficar calada. Como sempre fazendo corporativismo, onde pensa que pode ganhar uma causa. Ah, os advogados...sempre pensando nos lucro$$$$$. Que tristeza!!!!
Essa é a primeira pergunta relevante a fazer, Lilica. E demonstra que a mobilização é mesmo um fator relevante. A OAB tem grande capacidade de mobilização e força institucional, o que lhe permite não apenas ter ideias como esta, mas operacionalizá-las. Enquanto isso, outras categorias nem sequer sairiam do lugar.
Com certeza, é uma prova de que outras categorias profissionais precisam cair em si e começar a perseguir seus objetivos. E que sejam justos.
Então, já que a OAB tem uma grande capacidade de mobilização institucional, por que não a utiliza em favor de TODAS as categorias? Já que é um entidade de classe que domina o conhecimento das leis, poderia orientar os demais profissionais e não apenas pensar no próprio umbigo.
A OAB se considera uma entidade que defende a democracia e os altos interesses da sociedade brasileira. Em sendo assim, a tua provocação é mais do que justa, Lilica. Infelizmente, não tenho como te responder.
Perfeitos os esclarecimentos do professor Sandro.
Realmente, a melhor saída seria algo semelhante a planos de carreira para melhor remunerar professores.
Se há déficit de bons professores nas faculdades de direito, isso se dá pela falta de comprometimento, dedicação e iniciativa por alguns docentes.
Iniciativas como essa, nos levam a crer, como bem disse o prof. Sandro, que o magistério está sendo uma saída para advogados no mercado jurídico inchado.
Felipe Andrade
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