segunda-feira, 21 de março de 2011

Onírica

Sou absolutamente fascinado pela mente humana e suas incontáveis manifestações. Chego mesmo a duvidar de como seja possível alguém não se interessar pelo tema.
Uma manifestação do inconsciente que costuma ser atraente para o leigo são os sonhos. Não à toa, a Psicanálise dedica um grande capítulo a eles. Já tomei conhecimento de algumas abordagens sobre sonhos e, mesmo não sendo o aspecto que mais me atrai, confesso que também considerei charmoso.
Eu raramente me lembro dos meus sonhos e, quando lembro, são sempre repletos de anomalias que, no entanto, aparecem como se não fossem causa de perplexidade. Exatamente como se deu esta madrugada.
Foi um sonho longo e de narrativa linear (o que é mais raro ainda, no meu caso), sobre um tema que faz todo o sentido para mim, conscientemente. O detalhe é que eu conversava com uma pessoa que me aparecia exatamente como é, na realidade; como eu a vi, de relance, ontem. Mas à medida que falávamos, ela emagrecia a ponto de ficar com os ossos saltados no rosto, além do que seus cabelos escureciam. Por fim, tornava-se uma mulher negra e obesa. Mas enquanto a metamorfose acontecia, continuávamos lado a lado, conversando, como se não fosse aberrante um ser humano se transformar daquele jeito.
Acordei pensando "Que viaaaaaaagem!", como sempre. Tenho que anotar esse para pesquisas futuras.
Mas fiquem calmos: não contarei sonho algum. Como muitos, entendo que poucas coisas conseguem ser tão chatas quanto alguém se sentar ao nosso lado e contar um sonho que teve. Quem quer saber, ó mala?!

2 comentários:

Anônimo disse...

Acho que sou exceção. Acho interessante saber o sonho que as pessoas têm. Somos parecidos neste aspecto, Yúdice. Sou difícil sonhar, mas quando acontece, os sonhos são completamente sem sentido, tal qual este que você descreveu. Acho curioso.

Alexandre

Yúdice Andrade disse...

Já tive uns que, se contasse, o interlocutor acabaria suspeitando de consumo de substâncias perversas...