sexta-feira, 11 de março de 2011

Terremoto no Japão

Dormíamos aqui, em plena madrugada, e já eram 15 horas no Japão quando aquele país foi atingido por um terremoto de 8,9 pontos na escala de Richter, até agora considerado o sétimo maior do mundo. Os japoneses enfrentam, além do medo e da destruição, a interrupção dos serviços de telefonia e de transportes.
A escala de Richter ou escala de magnitude local serve para mensurar a quantidade de energia produzida por um abalo sísmico. Oficialmente aberta, não prevê um valor máximo, mas graças a Deus nunca foi registrado nenhum sismo de valor 10 (não disse que nunca aconteceu, mas que se desconhece sua ocorrência). O sismo mais violento que se conhece alcançou 9,5 pontos (Chile, 22.5.1960), o suficiente para devastar milhares de quilômetros em torno do epicentro. O terremoto de hoje assegura destruição em centenas de quilômetros, o que assume especial gravidade num país insular de dimensões modestas, como é o Japão.
Em seu blog, Alexandre Mauj Imamura Gonzalez, brasileiro morador da região central do Japão, fornece detalhes sobre o evento. Pouco depois da publicação desta postagem, ele me encontrou aqui e deixou um comentário. Boa sorte aí, Alexandre.
Mas os japoneses estão preparados para enfrentar catástrofes naturais. Quanto possível, é claro. Até o presente momento, foram confirmadas 40 mortes (até agora; claro que esse número continuará crescendo), mas ainda não se pode estimar o total de prejuízos materiais. Para fins de comparação, o terremoto ocorrido no Haiti em 26.1.2010 teve intensidade 7,0 (quase vinte vezes mais fraco do que o de hoje) e, mesmo assim, estima-se que tenha levado à morte cerca de 200 mil pessoas.
Recursos financeiros, tecnologia, responsabilidade política e grau de instrução do povo fazem toda a diferença.

3 comentários:

Antonio Graim Neto disse...

Um terremoto dessa monta e 32 mortos? Quase o mesmo nível de preparo e antecipação para evitar danos maiores que tivemos, no Rio de Janeiro, quando das fortes chuvas...aí vai um alô às autoridades públicas, onde quer que possam existir.

Ana Miranda disse...

Essa, infelizmente, foi a primeira notícia que tive ao ligar a tv.
Também fiquei menos triste com o número reduzido de mortos perante tamanha tragédia...
Realmente, "Recursos financeiros, tecnologia, responsabilidade política e grau de instrução do povo fazem toda a diferença."

Yúdice Andrade disse...

Claro que o número já subiu muito, Antônio. Acabei de conferir e os mortos chegam a 337. Obviamente, nada que se compare com os números do Rio de Janeiro, ainda mais considerando que a tragédia era evitável, coisa que o terremoto japonês não era.

Feliz o povo que pode dizer o que disseste, Alexandre: não temos o que nos queixar do governo. Será que um dia o Brasil chegará a essa condição?
Boa sorte para vocês aí.

E o próprio caráter do povo, Ana. Há espírito de colaboração.