Todos os anos, quando se aproxima o dia de finados, pessoas compram carradas de areia que despejam em frente aos cemitérios. A intenção é vender frações para os visitantes que pretenderem melhorar o aspecto dos túmulos de seus entes queridos. O problema é que despejam o material na rua, por cima de canteiros, em qualquer lugar. Em frente ao Cemitério São Jorge, na Marambaia, sempre provocam um estreitamento da pista. Como não há poder público, os pequenos empreendedores podem fazer o que quiserem e não há consequências. Este ano, pude observar que a areia chegou mais cedo, com uma semana de antecedência.
Na véspera do dia de finados, os vendedores de flores se abancam e passam a madrugada em claro, preparando as mercadorias, que incluem velas.
Ontem, contudo, vi uma novidade. Os flanelinhas, que brotam do chão nessas oportunidades, decidiram pintar, eles mesmos, faixas demarcando vagas de estacionamento. Onde? Na rua! Ao longo do primeiro trecho da Avenida Santarém, que divide os conjuntos Médici I e II. Simplesmente foram lá e instituíram estacionamento a 90º. Maior organização...
Belém é isso: todo mundo faz o que quer e tudo bem.
3 comentários:
Ah, Yúdice, você é tão educadinho, eu teria escrito esse texto com, no mínimo, uns 10 palavrões...
Eles estavam todos em minha alma, Ana. Só me contenho porque meus alunos me leem.
Infelizmente, querido Yúdice, esse tipo de conduta tem se repetido em diversos bairros de nossa cidade. Não bastasse ser lamentável, é irritante, de tirar qualquer um do sério! Capaz de fazer até o mais elegante dos professores querer despejar todos os palavrões de sua alma...
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