terça-feira, 16 de novembro de 2010

Eliminada da lista

Um assunto ao qual dei enorme importância aqui no blog simplesmente desapareceu dele: a busca de uma escola para nossa filha Júlia, para que ela inicie seus estudos no próximo mês de janeiro. E foi pura falha, posto que nesse meio tempo visitamos duas instituições, que nos causaram ótimas impressões. Falarei um pouco sobre isso em outra postagem. Esta, contudo, destina-se a justificar uma exclusão sumária que acabamos de fazer.
Em 24 de setembro, última vez que postei sobre o tema, reclamei de uma escola que postergou a nossa possibilidade de visitá-la, sem que pudéssemos compreender a razão. Pois foi justamente ela que nos aborreceu hoje e acabou eliminada da lista de possibilidades, sem uma visita sequer. E pela primeira vez menciono um nome: Acrópole.
A Acrópole sempre foi uma de nossas alternativas mais consideradas. Gozando de boa fama e se localizando bem mais próxima de nossa casa do que outras instituições, além da infraestrutura sabidamente privilegiada, tínhamos grandes expectativas quanto a essa escola, dada a proposta pedagógica convincente, bem vendida através de um site bacana. O único senão era o gigantismo da escola, um entrave sobretudo na educação infantil. Na prática, todavia, a simpatia acaba no site. O atendimento, pelo telefone ao menos, é rude, autoritário e cerceador de perguntas.

Polyana telefonou, hoje, para saber da possibilidade de uma visita. Responderam-lhe que somente a partir do dia 25 e logo avisaram que as turmas da manhã já estão lotadas. Que há vagas somente para turmas vespertinas. Polyana questionou sobre a possibilidade de não haver mais vagas no dia 25. Responderam que é possível abrir uma outra turma à tarde. Mas o problema é que o ano letivo está no fim. Talvez no dia 25 as aulas já tenham acabado e, como é óbvio, não temos o menor interesse em visitar uma escola que não esteja em plena atividade. Reforça-se a ideia de que há um problema de transparência.

Conversei com uma amiga, que conseguiu visitar a reticente escola, e soube por meio dela que a visita fora programada para várias pessoas contatadas previamente, mas não era uma conversa, e sim uma palestra para apresentar o projeto pedagógico. Não havia atendimento individualizado. Ou seja, a escola só apresenta o que quiser. Esta amiga teve a mesma opinião sobre a impessoalidade e rispidez do tratamento.
Para arrematar, soube por meio dela que a Acrópole sustenta que, passada a semana de adaptação da criança (como assim "semana"? o tempo é pré-determinado?), os pais são obrigados a deixar a criança na porta da escola e pegá-la de volta ali. Não podem entrar, porque isso prejudicaria o desenvolvimento da independência da criança. Fala sério. Quando o método vira dogma, não há como tolerar.
Em síntese, estas as razões pelas quais a Acrópole deixou de merecer sequer uma visita. Afinal, escola que não sabe acolher nem os pais, numa fase em que precisam ser convencidos do produto à venda, como acreditar que acolham as crianças?

7 comentários:

Cléoson Barreto disse...

Olá!
No ano passado tive a mesma preocupação que você está tendo agora, pois procurava escola para o meu filho. Confesso que minha avaliação das escolas candidatas não foi tão criteriosa como a sua está sendo. Aliás, parabenizo-o pelo cuidado que está tendo ao escolher a escola para sua filha!
No final das contas, coloquei o meu filho em uma escola que sempre estudei, que é o Instituto Adventista Grão Pará. Talvez valha a pena você considerar esta escola. O site não está atualizado (aliás, não estou conseguindo encontrar o site agora), mas quando eu fui fazer a matrícula do meu filho ele s foram super atenciosos, responderam a todas as minhas perguntas, sempre com cordialidade e sem evasivas.
Meu filho tem hoje 2 anos e 9 meses, e estou contente com minha escolha.
Meu intuito é de ajudá-lo nessa difícil tarefa de escolher escola para os filhos, oferecendo mais uma possível alternativa.
Um abraço!

Frederico Guerreiro disse...

E eu pensava até que a Acrópole já tivesse fechado as portas por aqui...
Mas, pelo jeito que tratam os pais de alunos, é apenas uma questão de tempo.
Essa propaganda, meu amigo, assim de boca-a-boca e de blog em blog, tarda mas não falha em surtir efeito. No caso da Acrópole até mais rápido porque não há propaganda no sentido contrário.

Yúdice Andrade disse...

Caríssimo Cléoson, embora a execução do projeto esteja ocorrendo de última hora (pra variar), ele vem sendo gestado há muito tempo. Júlia ainda era recém-nascida quando começamos a conversar com amigos sobre escolas, aproveitando-nos inclusive do fato de, por sermos professores, estarmos em contato com os profissionais da educação, vários com experiência em educação infantil.
Por isso e pelos rigores próprios dos pais todo esse critério, como dizes.
Podemos, adiante, trocar figurinhas sobre o desenvolvimento de nossos filhos.

Olha, Fred, com esse teu comentário, ponho as barbas ainda mais de molho. Não sabia que havia tantos motivos para prevenção.

Anônimo disse...

Já tentou o Peteleco?

As referências são boas tenho filhos de conhecidos que estudam lá e falam muito bem da conduta da escola bem como do seu método pedagógico!

Vale a pena dar uma checada.

bjs Lu Leite

Frederico Guerreiro disse...

Tenho uma sugestão, amigo, permita-me. Precisamos simplificar e descomplicar, opinião de um velho pai que já passou por isso.
Busque uma escola onde existam muitas crianças da idade da Júlia e veja se estão todas felizes e brincando. E tome cuidado com as escolas que acham que as crianças são adultos em miniatura, prontos a receber as ciências naturais e pular a fase mais bela da vida.
A escola faz uma parte, os pais fazem a outra. E são estes que farão a maior diferença.
Tudo no seu tempo. Talvez seja esse o segredo.
Abraço

Yúdice Andrade disse...

Lu, agradeço muito o seu interesse mas, para ser excessivamente honesto, o Peteleco sempre esteve fora da nossa lista. Trata-se de uma escola que nem sequer visitamos e sempre soubemos que sequer visitaríamos.
Os motivos de nossa prevenção serão esclarecidos adiante, numa postagem que farei sobre a terceira escola que visitamos.
Mesmo assim, obrigado. Um abraço.

Fred, empiricamente tínhamos essa ideia conosco. Nas visitas que fizemos, preocupamo-nos em observar o que as crianças faziam e se elas pareciam interessadas. As menores ficavam curiosas com a nossa presença e as maiores geralmente nos sorriam e até falavam conosco. Aí aproveitávamos para perguntar o que estavam fazendo e, com isso, tínhamos um termômetro sobre o bem estar delas na escola.
Sem dúvida, uma insuspeita fonte de referência.

Anônimo disse...

E o Colégio Ipiranga? Já tentaram?
As referencias que tenho deles sobre a educação infantil tb é boa!Fica aqui mais uma sugestão...sei que este momento é de grande triagem para pais presentes e querem o melhor para o fillho como vcs!

bjos Lu