É sempre a mesma coisa: como detesto calor, a chuva me deixa feliz. Eu comemoro o que muita gente lamenta e até mesmo teme. Mas depois leio as notícias sobre todos os transtornos causados a milhares de pessoas, em pontos variados da cidade, e sinto até culpa por ter comemorado. Desta vez não foi diferente. Dei-me ao trabalho de escrever uma postagem, ontem à noite, sobre a tarde "adorável" que tive, mesmo ciente de que Belém provavelmente tinha submergido.
Submergiu, claro. E além do que a imprensa noticiou, já escutei alguns depoimentos pessoais. O já famoso canal da 14 de Março transbordou em todos os pontos possíveis e imagináveis. Digo "famoso" porque se trata de mais uma das bravatas da Prefeitura de Belém, que vendeu a obra como a solução definitiva para os alagamentos da área, mas nunca funcionou. No ano passado, com a obra em plena execução, o vexame foi intenso, com a credibilidade da obra naufragando junto com as casas dos moradores.
Para piorar, locais que antes não alagavam agora estão sendo atingidos. E com a previsão de chuvas intensas a partir de dezembro (na verdade, parece que o período chuvoso se antecipou um pouco), os prognósticos são de assombrar. A continuar nesse ritmo, quem espera o fim do mundo em 2012, se vier para cá, verá o apocalipse antes mesmo do Natal.
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