Tudo bem que "Pour Elise" é uma linda composição de Beethoven, mas ela caiu em desgraça após ser selecionada por algum féla para servir de fundo enquanto aguardamos atendimento numa ligação telefônica. O resultado é que, hoje, milhões de pessoas detestam escutá-la — eu, inclusive. Aliás, detesto qualquer musiquinha de fundo enquanto espero. Mas há uma coisa pior do que a musiquinha: publicidade. Quem nunca ficou infindáveis horas pendurado ao telefone, ávido por um atendimento humano, enquanto a vagabundagem tentava empurrar mil e um produtos? E você pagando a ligação, claro.
Felizmente, isto agora acabou. A Lei n. 11.800, de 29.10.2008, em vigor desde o dia seguinte, acrescentou um parágrafo único ao art. 33 do Código de Defesa do Consumidor (Lei n. 8.078, de 1990), proibindo "a publicidade de bens e serviços por telefone, quando a chamada for onerosa ao consumidor que a origina".
É um milímetro na longa jornada que temos à frente, para alcançarmos dignidade como consumidores. Mas um milímetro é melhor do que nada.
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