domingo, 30 de novembro de 2008

Prossegue a agonia

Entre uma prova a corrigir e outra, acesso as notícias do dia. Vejo que o número de mortes em Santa Catarina subiu para 112. Menos de uma hora depois, no mesmo portal (G1), chegávamos a 114 mortes. O ritmo é rápido e, enquanto isso, uma frente fria vinda do Rio Grande do Sul traz mais chuvas esta semana. Mesmo que em menor intensidade, somando-se aos prejuízos já existentes, os resultados são ruins.
Essa tragédia tem mostrado como é a natureza humana. Enquanto algumas pessoas se têm mobilizado para ajudar — como a senhora que levou comida pronta para os desabrigados —, outras aproveitam para saquear. O que a pessoa realmente é aflora. Seus instintos mais primitivos vêm à tona, obrigando as autoridades a instituir um inusitado toque de recolher.
Espero que o lado bom dessa história prepondere sobre o ruim e que todos nós possamos tirar disso uma lição positiva, apesar dos que se esforçam pelo contrário.
Boa sorte, povo catarinense!

4 comentários:

Frederico Guerreiro disse...

Enquanto lá tem água demais, aqui não tenho nenhuma. Nem da chuva, nem da torneira.
O povo catarinense vai se reerguer. O Brasil é o país mais solidário do mundo, embora seja sede de uma empresa de saneamento nada solidária.
Boa semana de correções de provas.
Abraço

Yúdice Andrade disse...

Fred, quando se tem provas a corrigir, a semana nunca pode ser exatamente boa. Mas agradeço de coração o teu desejo e mentalizarei nesse sentido. Afinal, muito melhor corrigir provas e ver pela TV uma cidade arrasada do que estar numa cidade arrasada sem ter sequer provas para corrigir.
Sem faltar com a solidariedade, claro. Boa sorte para os meus queridos catarinenses.

Frederico Guerreiro disse...

rssss... Gostei da inversão.
Falar nisso, não foste tu que estiveste em Sanata Catarina no ano passado, por essa época? Se não me falha a memória, Balneário Camboriú (?).

Anônimo disse...

Bom, de minha parte, ando um tanto irresignada. Mas é quanto à total ausência de afloramento de qualquer coisa que seja. Ou deveria eu dizer "quanto ao afloramento da indiferença"? Na ingênua tentativa de mobilizar alguns amigos e colegas para reunir qualquer volume possível de doações a ser enviado para Santa Catarina, deparei-me com um mero esboço-de-sorriso-amarelo e nenhuma ação. Nem um tapinha nas costas para demonstrar algum incentivo. Aliás, se é que conta como ação, houve quem pedisse para dar antes uma olhada no que eu pretendia doar, "só pra ver se não tem nada que eu queira"... Pensando melhor agora, essas pessoas fizeram aflorar algo sim: minha raiva.

Perdão pelo desabafo.