sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Educa-te ou... Sibéria!

No Brasil, a Constituição de 1988 proibiu penas criminais que afetem a cidadania. Por isso, são terminantemente proibidos o banimento, o degredo e o desterro, práticas comuns no passado e que, em geral, tinham caráter definitivo.
Na Alemanha não é bem assim. Aquele país vem adotando uma bizarra forma de tratar os adolescentes que se mostrem avessos às medidas tradicionais de reeducação. Ou o sujeito se enquadra ou ganha uma temporada na Sibéria. Sim, aquele pedaço de mundo onde as temperaturas caem a 55 graus negativos. O indivíduo é mandado para um lugarzinho chamado Sedelnikovo, região pobre onde não se encontram bens de consumo. O camarada precisa usar as próprias forças para arrumar abrigo e alimentos. Enfim, para sobreviver. E isso não é encarado como punição, mas como uma "experiência educacional".
Os custos também são apontados como vantagem nesse método. Afinal, os nove meses no gelo, com supervisão das autoridades alemãs, custaram 150 euros (cerca de R$ 393) por dia, estimado como um terço do que custaria manter o rapaz em estabelecimento especializado na Alemanha.
Sei que muita gente lerá isto e adorará. Muitos pensarão em variantes nos lugares mais inóspitos neste país continental. Fiquem cientes, portanto, que lá no primeiro mundo a iniciativa está longe de ser uma unanimidade. A controvérsia está aberta.

2 comentários:

Aldrin Leal disse...

Yudice,

Ao contrário do que você pensa, esta solução não é nova. Afinal, porque você acha que Hitler se suicidou?

Dica: Os americanos intencionalmente atrasaram para que os Russos conquistassem Berlim.

Yúdice Andrade disse...

Não havia refletido sobre isso, Aldrin. Aliás, quanto à idéia geral. Especificamente sobre Hitler, o filme "A queda" me deu uma boa perspectiva das motivações, não apenas dele, mas de seus seguidores, que mataram a si mesmos e suas famílias.