Primeiro foi Riquelme Wesley Maciel dos Santos, de 5 anos, que entrou numa casa em chamas usando uma fantasia de Homem-Aranha e resgatou um bebê de pouco mais de um ano, no Município catarinense de Palmeira — fato que teve repercussão internacional. Agora foi a vez de Gustavo Ferreira Veloso, 4 anos, envergar uma máscara e sandálias do heroi aracnídeo e, debruçando-se na borda de uma piscina, puxar de volta, pelos pés, a irmã de 1 ano e 3 meses. O fato se deu em Franca, a 400 quilômetros da capital paulista.
No primeiro caso, Riquelme, em seu imaginário infantil, deve ter posto na cabeça que a roupa lhe dava superpoderes. Na pequena cidade e até na capital, Florianópolis, virou uma espécie de celebridade, a tal ponto que psicólogos se manifestaram, advertindo ser perigoso estimular na criança o sentimento de heroísmo. Ela não tem noção do perigo nessa idade e, influenciada pelo reforço positivo dos adultos, pode se envolver em outros eventos perigosos, vindo a ferir-se ou coisa mais grave. Nas fotos publicadas pela imprensa, Riquelme aparecia mostrando o muque (ao lado) e declarava que o Homem-Aranha não tem medo de nada.
Não sei se o mesmo fenômeno ocorreu com Gustavo, mas a reportagem informa que ele não tira mais a indumentária. Logo, deduz-se que está fascinado com o seu grande feito e os adultos aparentemente estão deixando que ele se sinta assim, talvez por gratidão. Porém, da mesma forma, isso é perigoso.
É maravilhoso que crianças tão pequenas tenham a iniciativa e a capacidade de salvar vidas. Todavia, uma exceção só confirma a regra e a regra, neste caso, é que crianças não são nem devem ser tratadas como herois, por sua manifesta incapacidade de dosar o perigo. Se até adultos ignoram que, num incêndio, morre-se pela inalação da fumaça, mesmo que as labaredas não alcancem a vítima, imagine uma criança. Quanto a Gustavo, poderia ter sido puxado para dentro da piscina, ao tentar içar a irmã.
Não existe lugar inteiramente seguro para crianças. É por isso que elas têm pais e responsáveis. Evidentemente, em algum momento a vigilância vai falhar. Isso é humano. Mas se nossos pequenos empreendedores resolverem a parada, é importante que sejam esclarecidos sobre o perigo que correram e, na próxima, chamem um adulto. Herois, só na TV, cinema e quadrinhos.
No primeiro caso, Riquelme, em seu imaginário infantil, deve ter posto na cabeça que a roupa lhe dava superpoderes. Na pequena cidade e até na capital, Florianópolis, virou uma espécie de celebridade, a tal ponto que psicólogos se manifestaram, advertindo ser perigoso estimular na criança o sentimento de heroísmo. Ela não tem noção do perigo nessa idade e, influenciada pelo reforço positivo dos adultos, pode se envolver em outros eventos perigosos, vindo a ferir-se ou coisa mais grave. Nas fotos publicadas pela imprensa, Riquelme aparecia mostrando o muque (ao lado) e declarava que o Homem-Aranha não tem medo de nada.
Não sei se o mesmo fenômeno ocorreu com Gustavo, mas a reportagem informa que ele não tira mais a indumentária. Logo, deduz-se que está fascinado com o seu grande feito e os adultos aparentemente estão deixando que ele se sinta assim, talvez por gratidão. Porém, da mesma forma, isso é perigoso.
É maravilhoso que crianças tão pequenas tenham a iniciativa e a capacidade de salvar vidas. Todavia, uma exceção só confirma a regra e a regra, neste caso, é que crianças não são nem devem ser tratadas como herois, por sua manifesta incapacidade de dosar o perigo. Se até adultos ignoram que, num incêndio, morre-se pela inalação da fumaça, mesmo que as labaredas não alcancem a vítima, imagine uma criança. Quanto a Gustavo, poderia ter sido puxado para dentro da piscina, ao tentar içar a irmã.
Não existe lugar inteiramente seguro para crianças. É por isso que elas têm pais e responsáveis. Evidentemente, em algum momento a vigilância vai falhar. Isso é humano. Mas se nossos pequenos empreendedores resolverem a parada, é importante que sejam esclarecidos sobre o perigo que correram e, na próxima, chamem um adulto. Herois, só na TV, cinema e quadrinhos.
Um comentário:
O Super Homem-Aranha de verdade é o garoto Riquelme.
Não existe o perigo desses meninos iluminados vir a ser desatourizados por piscólogos...
Esses pequenos do Batalhão portadores de DNA da sobrivência, viram-se como inconteste vítima do desprezo, da desagregação familiar, do que lhes restam de um carinho, um acesso a um filme de um cara legal que veste uma fantasia e resolve todos os problemas que a "gente grande" que ao seu lado não consegue.
Esses pequenos heróis anônimos não podem ser vítimas das ladianhas de mães que assumem a gravidez e, ao decidirem pela vida, decidem algo de moral de todos quanto aos conceitos de proibir algo.
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