Anônimos nem tão anônimos assim. Comportamentos espontâneos nem tão espontâneos assim. Acompanhamento integral em horários limitados. Herois nacionais instantâneos. Dramáticas situações do passado — inventadas, claro. Novos agentes sendo contratados para oferecer presença VIP, a altos preços. Novas capas da Playboy.
O culto ao vazio recomeça hoje e prenderá a atenção da família brasileira por intermináveis meses.
Pode entrar, que a casa é sua. Vá dar a sua espiadinha. Mas não me convide.
5 comentários:
é yudice, trata-se da famosa sessão besteirol , eu prefiria assitir ao gordo e o magro, perdidos no espaço, viagem ao fundo do mar, seria mais edificante. O duro é você ficar a mercê das conversas hilariantes destas pobres criaturas que passarão alguns meses feito carne em açougue,sujeitas a todo tipo de exploração, para todo mundo ver. Ainda bem que eu tenho Tv por assinatura , o pior é que até lá eles aparecem , mais vale um bom livro ou um bom filme não é mesmo.
Sergio, creio que foi Groucho Marx, comediante americano, quem disse, certa vez, que a TV foi a coisa mais educativa já criada: bastava ligarem a TV na sala e ele ia para o quarto ler um livro.
Big Brother não é apenas um inocente programinha imbecil. Aliás, de inocente esse programa não tem nada. Ele incentiva nos desmiolados de plantão um excessivo culto ao corpo e ainda dissemina a idéia de que a vida só presta com baladas todo "findi". Essa é a coisa mais imbecil já produzida pela tevê aberta.
Abraços,
Adelino Neto
COISAS DE BELÉM
http://www.coisasdebelem.blogspot.com/
Acredito que muito desse culto ao inútil vale também como um alerta ao que fazemos de nosso precioso tempo. Afinal cabe a nós mesmos escolher ir no vai da valsa ou compartilhar com a mediocridade instalada. Apesar de ser muito dificil fugir do assédio e das inevitáveis conversas, falatórios e assédio do Grande Irmão, que é essa mídia ensandecida, acredito que vale a pena o esforço pela nossa tranqüilidade, sem querer parecer superior, é claro. Só vamos valorizar nossa paz e bom senso. Concordo que um bom livro, uma conversa saudavel com os amigos mais chegados, um passeio com a crianças, uma boa música, um bom filme, são varias as opções, acrescentam muito mais do que acompanhar tal futilidade. Desejo-lhes paz.
Correto, Adelino, um dos aspectos mais perniciosos do programa é, justamente, essa maldita festa toda semana, regada a muuuuuuuuuuita cana. Acaba criando o estilo de vida desejado por boa parte de nossos jovens: todo mundo bonito e sarado (quem não é, fica em segundo plano), sem trabalhos ou responsabilidades (ou fritar um ovo de vez em quando conta?), com o compromisso apenas de nadar na piscina, malhar, falar besteira, beber e fumar, fazer farra e não ter hora para nada.
Jesiel, trazes uma visão mais humana para a questão. Com efeito, no plano individual, trata-se de saber fazer escolhas. As alternativas de lazer que mencionas, para mim, são opções válidas e desejáveis, como bem sabes. Mas a questão aqui não está focada no individual. Afinal, uma grande empresa comanda o palco no qual várias grandes empresas lucram com a deformação do caráter da juventude. Isso me preocupa.
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