Mais uma para o panorama de abusos do Estado contra jovens acusados de crimes.
Um rapaz de 17 anos, acusado de porte ilegal de arma após um tiroteio no Recife, foi baleado e por isso levado a um hospital. Para evitar a fuga, foi algemado. As algemas não são retiradas em momento algum, criando um constrangimento físico e psíquico bem intenso. Não sei como eu suportaria.
Mas como o rapaz, que alega inocência, não foi abusado sexualmente e muito menos o caso se deu no Pará, não sei dizer se está sendo considerado violação aos direitos humanos. Saiba mais aqui.
Os gaúchos responderam em 24 horas. Vamos ver se os pernambucanos são tão rápidos quanto.
7 comentários:
Salve Yúdice!
Tô voltando de viagem e vim logo saber das novidades do bebê de vocês.
Que bom que está tudo normal e se desenvolvendo com saúde.
Forte abraço.
Entretanto, como "vomita" o senso comum alienado: "Direitos Humanos são pra Humanos Direitos".
Eu fico as vezes pensando...
Estes que comungam de tal idéia devem ser "poços" de bondade.
Abraçãao Primo!!!
Salve, poeta! Bem vindo de volta.
Está tudo em paz com minha esposa e o bebê, mas o começo da gestação é meio chato. Só acontece alguma coisa bacana durante o ultrassom, a que ficamos assistindo. Estamos na expectativa de vê-lo despontar. Abraços.
Muitas vezes, Jean, não se trata de maldade, mas de irracionalidade: o sujeito simplesmente nunca parou para pensar no significado dos fatos ou da própria opinião que tem sobre eles. Lamentável.
Mestre, como dizia Chico Anísio: Tá com pena? Leva pra tua casa!
Quero ver quando um ser humano desses aí botar a arma na casa da tua mulher ou do teu filho e ameaçar acabar com tua família! Após isso faleremos de direitos humanos para humanos direitos. Dr., vagabundo não tem jeito! Peça pro seus alunos levantar as estatísticas dos presídios: quantos condenados se ressocializaram (palavrão bonito, né?) e agente conversa melhor!
Caro anônimo, não pretendo levar nenhum delinqüente para minha casa nem trocar meus cachorros por uma criança pobre. Não estou com pena, não. O que move meus comentários não são juízos passionais, pois entendo que estes não ajudam a resolver os mais duros problemas da República. E, só para esclarecer, já estive sob a mira de uma arma, e depois sob tiroteio, junto com minha esposa, irmão e amigos. Ameaçaram atirar em mim quando hesitei em entregar a aliança. Se a condição de vítima é pré-requisito para falar desse assunto, já ganhei meu passe.
Com o melhor espírito de colaboração, dou-lhe uma sugestão: desista de se informar sobre questões criminais através da imprensa brasileira. O único compromisso dela, nesse assunto, é emburrecer o povo. Há fontes bem mais confiáveis e não precisa ser nenhuma ONG, caso você não confie nelas.
As estatísticas penitenciárias brasileiras podem ser encontradas na página do Ministério da Justiça. Procure em DEPEN (Departamento Penitenciário Nacional). Sim, eu requisito a meus alunos trabalhos sobre esse tema, justamente porque é meu dever deixá-los bem informados e, sobretudo, críticos. Não espero que ninguém concorde comigo e deixo isso muito claro para eles. Podem defender o oposto de minhas idéias, mas quero que façam isso com conhecimento de causa, não repetindo discursos daqueles apresentadores de TV.
Aliás, se você acha que prisão ressocializa, então está difícil conversarmos, porque esse é um erro básico, identificado desde o século XIX, no primeiro mundo. Por isso, acho que posso lhe dizer apenas isto: concordo que vagabundo não tem jeito. Só acho que nem todo mundo é vagabundo. E, sim, acredito que procedimentos punitivos corretos podem recuperar um ser humano. Só que eles quase não existem no Brasil.
Caso queira continuar o papo, peço que me esclareça o seguinte ponto: esse seu ponto de vista, sobre vagabundos irrecuperáveis que merecem tudo de pior, só se aplica aos ladrões, homicidas e estupradores (olha aí a influência da mídia!), ou vale também para os políticos, juízes e empresários corruptos, os sonegadores de impostos, os que fazem gato para desviar energia elétrica, os que comercializam muamba, os que adquirem produtos sem nota fiscal sabendo que pode ser receptação, os garotões que dirigem embriagados, etc?
Se você me disser que a regra vale para a sua mulher ou seu filho, caso bebam "socialmente" numa festa e depois atropelem e matem gente inocente na rua, aí eu terei toda a boa vontade do mundo para escutar todas as suas sugestões. Palavra.
Pouca vezes, durante minhas "navegações" pela internet, encontrei idéias tão parecidas com as minhas.
Infelizmente eu não posso enviar este comentário com som, porque você ouviria os meus aplausos à sua resposta ao anônimo.
Gostaria que metade dos brasileiros tivessem as mentes tão esclarecidas quanto a sua. Já faria uma grande diferença.
Um abraço.
Agradeço, de coração, suas palavras tão entusiasmadas, Cintia. As questões abordadas na postagem e na longa resposta dada ao comentarista anterior vieram de alguns anos na docência, lecionando Direito Penal. Por isso, já li, escutei e debati muita, mas muita coisa mesmo sobre o tema.
Diante de tantas críticas, que são rotineiras, servem-me de alento as esporádicas manifestações de apoio, como a sua.
Outro abraço.
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