James Michael Shull tem um histórico e tanto de bizarrices no tribunal. Já chamou um adolescente de "filhinho da mamãe", aconselhou uma mulher a casar com o namorado que abusava dela e decidiu a custódia de uma criança jogando uma moedinha para cima — isso mesmo, no cara ou coroa. Mas a maior façanha dele aconteceu no caso em que uma mulher fazia um pedido de ordem de proteção contra o parceiro — alegava que o marido já tinha inclusive esfaqueado sua perna. Foi um prato cheio para o juiz maluco aprontar mais uma das suas: mandou a mulher abaixar as calças para verificar a cicatriz. Não contente com uma primeira olhadinha, Shull se aproximou da mulher e pediu para ela abaixar as calças mais uma vez, para determinar há quanto tempo os pontos tinham sido feitos. Depois desse caso, as autoridades caíram na real e afastaram James Michael Shull do cargo. Felizmente não deu tempo de ele passar de juiz a réu em nenhum caso.
Se fosse no Brasil, as garantias constitucionais da magistratura não permitiriam que o meliante perdesse o cargo por tão pouco. No máximo, seria removido para outro lugar, seria posto em banho-maria, essas coisas. Aqui, punições exemplares são apenas para casos extraordinários. Vale lembrar que a máxima punição a um juiz é a aposentadoria com proventos proporcionais ao tempo de serviço. Pelo menos até segunda ordem. Por isso, espero sinceramente que o exemplo de Shull não faça escola por estas bandas.
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