Uma adolescente de 14 anos entrou na Colônia Penal de Charqueadas, a 55 quilômetros de Porto Alegre, sem a menor dificuldade, levando dinheiro, maconha, cocaína e crack, tudo a pedido de um cunhado preso, que lhe pediu o favor por um celular, que ele possui dentro da detenção. E ainda passou a noite se beijando com outro preso. Ela nega, mas pode ser que tenham mantido relações sexuais. Também saiu do local sem ser vista.
Pelo que se sabe até agora, ninguém ficou surpreso. Há precedentes. Só quero ver se o caso terá a mesma repercussão negativa que teve o episódio da nossa adolescente de Abaetetuba. Tudo bem, os casos são bem diferentes, mas revelam a mesma insanidade do sistema penal. Aliás, se é tão fácil entrar e sair, nem sei como ainda tem gente presa nesse local.
Se a repercussão for menor, vou achar que a imprensa nacional realmente trata o Pará com preconceito. É, vou achar, sim.
Atualizado em 17.1.2008, às 20h54:
Já foi noticiado oficialmente que o presídio onde os fatos acima se deram será fechado. A trasferência dos presos ocorrerá gradativamente e deve estar concluída até o segundo semestre deste ano.
Ou seja, a Superintendência de Serviços Penitenciários do Rio Grande do Sul foi fulminante na resposta que lhe foi exigida pela sociedade. Diante disso, só me resta ficar miudinho, esperando o que as autoridades paraenses farão no caso de Abaetetuba. Se a condução do governo não estiver à altura, lá vai o Brasil inteiro dizer que quando os desmazelos acontecem no Brasil, a solução é pronta e satisfatória, mas que no Pará é tudo esculhambação. E se disserem isso, pode ser verdade. Aí o jeito será aguentar calado.
Aliás, a demora em dar uma solução final para o acontecido já depõe contra nós. Que lástima.
2 comentários:
Yudice , esse problema foi laá no Rio Grande do Sul , região Sul entendeste, este tipo de coisa só repercurte quando ocorre no Norte.Por isso eu gosto da musica "aqui a gente toma guarana quando não tem coca-cola", lá eles tomam é em outro lugar.
É, meu caro, mas a atualização que acabei de fazer fala em resultados. E aqui, como ficamos?
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