terça-feira, 28 de julho de 2009

Estará Suzane presa a si mesma?

Tanta gente, hoje em dia, é obcecada por se tornar uma celebridade. Mas se você é um criminoso, a fama pode ir contra os seus interesses. Um homicida cruel pode cumprir a sua pena e obter os benefícios de execução penal. Mas não se esse homicida atende pelo nome de Suzane von Richthofen. Ainda hoje em evidência na imprensa, a pena da moça é acompanhada com atenção e, como sempre acontece nessas horas, surge a pressão em cima das autoridades responsáveis. Terá um promotor de justiça peito de emitir um parecer favorável para a parricida? Terá um juiz coragem de deferir um benefício?
Nessas horas, vale lembrar que a autonomia institucional e o discurso, sempre na ponta da língua, de que eu cumpro o meu dever com isenção e blá blá blá, caem por terra, se formos prestar atenção. A autoridade teme a opinião pública, em alguma medida.
A atual discussão é: Richthofen pode progredir para o regime semiaberto? Condenada a 38 anos de reclusão pela morte brutal do pai e da mãe, já cumpriu seis, trabalha diariamente (o que lhe dá direito à remição) e tem comportamento exemplar. Preenche os requisitos legais? Parece que sim. Mas a criminosa célebre goza de privilégios, inacessíveis à massa encarcerada neste país. Só que, neste caso, um privilégio às avessas, que a prejudica: ela foi submetida a uma perícia criminológica, realizada por nada menos do que cinco profissionais, sendo dois psiquiatras, dois psicológos e uma assistente social. Muito chique. Mas, com o laudo, ela se ferra.
Por isso, a crítica sempre é válida: o sistema de justiça criminal brasileiro precisa, urgentemente, entrar nos eixos. Para que apenados recuperados possam voltar às ruas, como merecem, e para que os perigosos e dissimulados não tenham essa chance.

PS Ao contrário do que a reportagem dá a entender, o regime semiaberto não permite o retorno do indivíduo à liberdade!

2 comentários:

Carlos Barretto  disse...

Eu assumidamente, "persigo" a Carla Bruni. Mas vc, parece gostar da Suzanne. Não?
Rsssss

Yúdice Andrade disse...

Engano teu, meu amigo. Não tenho interesse específico por Suzanne. Só pelos aspectos penais de sua vida. É material de trabalho.
Já o teu por La Bruni...