Já passa de 36 horas a suspensão do fornecimento de água na cidade. Melhor dizendo, na região metropolitana, porque Ananindeua também foi atingida. Vários bairros, meio milhão de pessoas. Sem nenhum exagero, trata-se de um problema de dimensões colossais. Afinal, pessoas como eu, que possuem caixa d'água e se impuseram um racionamento, puderam enfrentar com alguma dignidade a carência, mas a qualquer instante podemos ficar na seca, literalmente. E como desgraça pouca é bobagem, na casa de minha mãe, onde há poço artesiano, a bomba acabou de queimar! Prognóstico sombrio... De tanto fornecer água para a vizinhança, a bomba cansou.
Ontem, também para economizar água, fomos fazer um lanche fora, à noite. O garçom que nos atendeu pediu desculpas pelos copos de plástico, explicando que havia uma necessidade de reduzir louça para lavar, por causa da água escassa. Pus-me a pensar, então, em como devem estar os restaurantes da cidade (estávamos no Umarizal, bairro hiperlotado desses estabelecimentos), dependentes de água para exercer a sua atividade-fim, sob exigências particulares de higiene, tendo que racionar água.
Para arrematar, o calor ontem foi digno de Belém do Pará e hoje deve dar-se o mesmo. Por isso, dedos cruzados, todos em oração.
Volta, água!
2 comentários:
Dedos cruzados, todos em oração: "Volta, Água! Chispa, dudu. Não volta, ana júlia!"
Aí poderíamos falar no calor da oração, mesmo sem velas!
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