quinta-feira, 30 de julho de 2009

Transparência na Câmara Municipal de Belém

A Câmara Municipal de Belém, que através da maioria de seus integrantes tem ajudado o Poder Executivo a afundar a cidade há mais de quatro anos, não é nada transparente. Veja o que informa o "Projeto Excelências", do sítio Transparência Brasil:


Viram? Nenhuma informação sobre valores gastos. Decerto foi apenas esquecimento. Nossos representantes jamais se incomodariam em fornecer essas informações básicas e obrigatórias. Também não se diz palavra sobre a produtividade da casa. Desse jeito, algum malicioso vai acabar pensando que não se produz nada ali.
Vale a pena olhar os dados dos nossos ínclitos representantes, particularmente no quesito patrimônio declarado à Justiça Eleitoral. Você saberá, p. ex., que dos 35 vereadores, apenas 5 são oficialmente milionários(*): Abel Loureiro (DEM, R$ 1.059.000,00), Ademir Andrade (PSB, R$ 2.472.000,00), Gervásio Morgado (PR, R$ 2.532.000,00), Mário Corrêa (PR, R$ 1.885.000,00) e Tereza Coimbra (PDT, R$ 12.267.726,00). Bem na foto a dona Tereza, não?
Na outra ponta, temos a situação apertada de Miguel Rodrigues (PRB), cujo único bem é um Fusquinha 1984 avaliado em R$ 2.500,00, e a de Augusto Pantoja (PPS), que sofreu decréscimo patrimonial e declarou à Justiça Eleitoral o valor zero. Isto mesmo: zero. E eu reclamando da vida.
Chamam a atenção alguns detalhes curiosos. Cito como exemplo que uns tantos vereadores possuem carrões caríssimos, mas nenhum imóvel. Estranho. Será que ainda moram na casa dos pais? Será que moram em casa alugada? Sempre pensei que a casa própria fosse o sonho material maior do brasileiro. Pelo visto, estava enganado.
Estudar declarações de bens de políticos deve dar uma boa tese de doutorado.

(*) Sobre quatro vereadores, não consta a informação.
Consulte aqui.

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