Gosto da maneira como os paraenses se relacionam com as árvores. Certo que, às vezes, exageram e se enfurecem até contra os agentes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, quando faz podas que — eu suponho e eles juram que sim — atendem a regras técnicas. Assim, mesmo quando o vegetal é severamente podado, isso seria feito com vistas a sua renovação e saúde.
Emblemático foi o episódio do desabamento da samaumeira, no campus profissional da UFPA. Houve revolta com o descaso dos gestores da universidade, que sempre souberam dos riscos que a erosão da orla representava para um espécime imenso como aquele. À margem dos protestos uefepeanos, recordo-me de ter ficado perplexo ao passar pela orla e, de repente, perceber que a samaumeira não estava lá. Foi um choque.
A agitação agora fica por conta de uma mangueira assassinada na frente do luxuoso condomínio Aldebaro Klautau, na Av. José Malcher. Os condôminos, segundo afirma a imprensa, partiram para cima do vice-síndico e este, esperto, culpou um funcionário, a quem despediu. Mas este novel desempregado decidiu não levar a culpa e soltou o verbo contra o vice-síndico perante a SEMMA.
Arvoricídio já confirmado pelos técnicos, a ira dos condôminos pode tornar os próximos capítulos dessa história mais agitados — sem impunidade.
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