O comentarista Prof. Alan, em postagem do 5ª Emenda que tratava sobre a necessidade premente de as instituições tomarem medidas concretas contra o pior prefeito que Belém já teve (antes que a população prejudicada recorra a expedientes violentos e ilegítimos), produziu um interessantíssimo destaque sobre a elevada repulsa que a corrupção provoca nas pessoas desde a Antiguidade:
Juvencio, Mano Velho, acrescentando dados históricos à nossa luta contra a corrupção: o roubo de recursos do Erário sempre foi condenado com vigor, pelos maiores luminares da Humanidade.
Cito aqui dois exemplos:
1) Platão, em seu diálogo Górgias, define a corrupção como o maior e mais ímpio de todos os crimes que o governante pode cometer, colocando-a como algo típico dos piores tiranos;
2) Dante Alighieri (il sommo poeta), na sua Comédia coloca os corruptos no Oitavo Círculo do Inferno, onde lhes são impostos dois diferentes (e dolorosos!) castigos: banhados em piche fervente e fustigados por tridentes ficam os fraudadores, os que negociaram favores para particulares em detrimento do bem comum; os ladrões são picados por serpentes, cuja mordida lhes ateia fogo até ficarem em cinzas, para depois se recomporem, reiniciando-se assim toda a tormenta...
Pelo peso das condenações vê-se que desde a Antiguidade a corrupção merece o mais pronto e veemente repúdio de todos.
Ratificando a ira santa demonstrada na postagem original e no comentário, só lamento que os brasileiros tenham desistido de participar da mesa dos justos, preferindo se tornar um manancial inesgotável de safadezas, vilezas, perversidades e absurdos. Mas ainda conservo, dada a minha necessidade de sobrevivência, alguma esperança de que as pessoas de bem, no exercício de poderes públicos, tomarão as rédeas da situação. Senão para resolver o problema, ao menos para mostrar que a roda da fortuna gira e que nem todos os ímpios ficarão impunes.
Lamentarei muito se os primeiros passos não forem dados logo.
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