Um parente distante de minha mãe, Wilson, veio de Santarém com diagnóstico de cardiopatia e necessidade de colocar três pontes de safena. Internado no Hospital da Beneficente Portuguesa, sua cirurgia foi marcada para hoje, às 7h30. Mas, pelo que sabemos, ela não aconteceu. Motivo: não havia sangue disponível.
É um absurdo, completamente inadmissível que numa cidade do porte de Belém o banco de sangue não esteja capacitado para atender a demanda. Mais inadmissível ainda porque as causas determinantes são a insuficiência de doadores (que tal a falta de solidariedade?) e práticas inadequadas, que provocam perdas de sangue, nos hospitais (o que já foi objeto de inúmeros apelos do HEMOPA).
Único contato do paciente em Belém, minha mãe ficou surpresa quando alguém do hospital cobrou dela, ontem, que arranjasse seis doadores. É o tipo de coisa que, convenhamos, não é qualquer um que sabe resolver. Aliás, o próprio sistema de saúde deveria possuir mecanismos para resolver esse tipo de impasse, em vez de transferi-lo para o próprio doente e seus familiares, leigos e mais preocupados com questões bem mais prementes, tais como continuar respirando.
É realmente uma pena.
3 comentários:
doei sangue uma única vez, em julho passado. Foi para uma pessoa específica, que havia sido baleada em frente ao colégio. Quando contei isso pra enfermeira que estava fazendo a "operação", ela só faltou me carregar no colo hehe. Infelizmente, acabou sendo em vão: o garoto veio a falecer dias depois.
Mas posso dizer que é um procedimento seguro e saudável para a mente. Foi muito reconfortante a sensação que tive ao sair do Hemopa...
Professor, queria um conselho seu: pretendo aproveitar o feriadão de Páscoa e visitar com a namorada o Parque do Utinga, do qual o senhor já falou aqui (graças a isso que soube da existência do lugar, por sinal). É seguro ali? O sr viu fiscalização? Qual foi o horário em que o sr foi lá? E por onde é a entrada?
Obrigado e que seu familiar consiga o que está necessitando!
A primeira vez que doei sangue me proporcionou uma sensação curiosa: quando o procedimento terminou, eu estava eufórico. Ria à toa, como se tivesse bebido. Nunca soube explicar isso. Não sei se foi felicidade. Acho que foi algo físico, mesmo, metabólico, que nunca entendi bem. Mas foi um dia feliz.
Lamento que razões de saúde me desrecomendem a doação neste momento. Não vejo a hora de doar de novo.
Quanto ao Parque do Utinga, trata-se de uma área militar, por isso se presume que seja segura, mas não é bem assim. O parque é cercado por invasões e, segundo consta, malfeitores se embrenham nas matas e atacam de repente. Nunca mais escutei falar disso, mas não posso garantir.
Estive lá há uns dois meses e fui surpreendido com a proibição de entrar de carro. Portanto, o passeio só é válido, agora, para quem está disposto a caminhadas longas ou se fores de bicicleta. Vale a pena pelo visual.
Sugiro que visites o parque e converses com os guardas, na entrada. Com base no que eles te disserem, toma a tua decisão.
Abraço.
aah, imagino do que o sr esteja falando. Senti coisa parecida, como cócegas. Presumi que seria assim, pois sempre que tirei sangue para exames, já havia acontecido isso.
Bem, obrigado pelos toques. Farei conforme o sr sugeriu. Abraço, professor!
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