A primeira proposta é muito interessante. A segunda, no entanto, é uma bem intencionada besteira. Jamais os bancos aceitariam gastar fortunas para manter um nível de vigilância que não existe hoje nem nas agências (se considerada a quantidade de vigilantes, no total).
Ideias para combater a criminalidade existem muitas — algumas boas, outras nem tanto, outras ridículas. O que eu gostaria de lembrar é que os criminosos, como qualquer pessoa, têm a capacidade de se adaptar às injunções que surgem. Darei exemplos concretos:
- Quando se popularizaram as travas de automóveis e os alarmes remotos, capazes de cortar a alimentação de combustível, os ladrões passaram a abordar os motoristas. Assim, caiu o número de furtos de carros, mas aumentou o de roubos, com muito maiores danos pessoais. O caso do menino João Hélio foi um crime desses.
- Para impedir que criminosos furtassem/roubassem cartões bancários e secassem a conta do correntista, bancos criaram mecanismos de segurança, limitando o valor por saque. Resultado: os criminosos começaram a fazer os correntistas de reféns, para realizar vários saques, com a própria vítima digitando a senha.
- Quando limitaram o saque a um, no chamado "período especial", das 22 horas às 6 da manhã, os reféns passaram a ficar em poder dos assaltantes até o dia seguinte, para sacar fora do horário especial todo o dinheiro possível.
- A popularização da tecnologia permitiu o surgimento do crime da moda — esses falsos sequestros que permitem extorsões e que já custaram algumas vidas.
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