Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar
[extático da aurora.
Indico dois exemplos de gente nossa explorando a prosa poética. Uma é minha aluna, Alessandra Gorayeb Martins, dona do blog Suspiro do Silêncio, cujo link disponibilizei ontem. Outro é meu irmão, Hudson Andrade, dramaturgo e ator (ele preferiria ao contrário, mas eu gosto assim), que também tem seu blog recomendado e que se tem aprimorado na escrita, como demonstra por meio do comovente ensaio que pode ser lido aqui.
Viva a poesia, em qualquer de suas formas.
Um comentário:
Muito obrigadopel link.
A proposta é publicar um novo momento de EU, como batizei a seção, a cada semana. Queria que fosse a cada sexta-feira, dia especial, mas acho que não vai dar, que graças a Deus tô ficando sem tempo...
Mas EU vou estar lá, esperando-vos.
E viva a escrita. E viva o teatro!
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