Eu era muito criança nos gloriosos anos 1980 para aproveitar o humor inteligente e a crítica social afiadíssima de Dias Gomes em sua novela O bem amado, um dos maiores triunfos da TV brasileira. Se
o produto em si já era excelente, tornou-se antológico também graças a atuações impecáveis e inesquecíveis, onde despontava o protagonista, o Odorico Paraguaçu do maravilhoso Paulo Gracindo.
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É com enorme alegria que acabo de saber que O bem amado será levado às telas dos cinemas, pelas competentes mãos de Guel Arraes — que eu presumo seja, hoje, a pessoa mais adequada para a empreitada. As informações dão conta de que a equipe começará os trabalhos no próximo dia 20 de janeiro, em Olinda.
A primeira pergunta que nos fazemos é, justamente, quem poderia reviver o prefeito brasileiríssimo imortalizado por Gracindo. Garimpando na Internet, lendo uma notinha aqui e outra ali (porque não encontrei nada mais conclusivo nos sítios sobre cinema), parece que Arraes está de olho em Marco Nanini, uma escolha bastante natural — não apenas por se tratar do ator mais completo de nosso tempo, ao menos do que se refere a tempo de comédia e
versatilidade, como também pelo fato de já haver encarnado o personagem no teatro, em peça cujo cartaz você vê à direita. Mas é estranho não haver confirmação do Titelrolle se as filmagens devem começar em menos de um mês.
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Todavia, parece que as irmãs Cajazeiras serão interpretadas por ninguém menos que Andréa Beltrão, Drica Moraes e Zezé Polessa. Com esse trio, o filme já se pagou.
Já estou na maior expectativa pela estreia do filme. Afinal, o universo de Sucupira e seus tipos incomuns precisa ser revisitado sempre — seja para que o cemitério municipal ganhe enfim um habitante, seja para que possamos escutar, de novo, aquelas pérolas do tipo: "Não me venha com problemáticas. Eu quero é solucionáticas!"
E comparar os personagens com figuras dos noticiários reais será um prazer à parte.
Acréscimo em 14.1.2012: Não sei por qual razão não vi o filme no cinema. Vi muito tempo depois, em casa, pela TV a cabo. E detestei. Apesar do elenco de peso, o roteiro era tão ruim, mas tão ruim, que sequer terminei de assistir. Lastimável.
Acréscimo em 14.1.2012: Não sei por qual razão não vi o filme no cinema. Vi muito tempo depois, em casa, pela TV a cabo. E detestei. Apesar do elenco de peso, o roteiro era tão ruim, mas tão ruim, que sequer terminei de assistir. Lastimável.
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