segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O bem amado na telona

Eu era muito criança nos gloriosos anos 1980 para aproveitar o humor inteligente e a crítica social afiadíssima de Dias Gomes em sua novela O bem amado, um dos maiores triunfos da TV brasileira. Se o produto em si já era excelente, tornou-se antológico também graças a atuações impecáveis e inesquecíveis, onde despontava o protagonista, o Odorico Paraguaçu do maravilhoso Paulo Gracindo.
É com enorme alegria que acabo de saber que O bem amado será levado às telas dos cinemas, pelas competentes mãos de Guel Arraes  que eu presumo seja, hoje, a pessoa mais adequada para a empreitada. As informações dão conta de que a equipe começará os trabalhos no próximo dia 20 de janeiro, em Olinda.
A primeira pergunta que nos fazemos é, justamente, quem poderia reviver o prefeito brasileiríssimo imortalizado por Gracindo. Garimpando na Internet, lendo uma notinha aqui e outra ali (porque não encontrei nada mais conclusivo nos sítios sobre cinema), parece que Arraes está de olho em Marco Nanini, uma escolha bastante natural  não apenas por se tratar do ator mais completo de nosso tempo, ao menos do que se refere a tempo de comédia e versatilidade, como também pelo fato de já haver encarnado o personagem no teatro, em peça cujo cartaz você vê à direita. Mas é estranho não haver confirmação do Titelrolle se as filmagens devem começar em menos de um mês.
Todavia, parece que as irmãs Cajazeiras serão interpretadas por ninguém menos que Andréa Beltrão, Drica Moraes e Zezé Polessa. Com esse trio, o filme já se pagou.
Já estou na maior expectativa pela estreia do filme. Afinal, o universo de Sucupira e seus tipos incomuns precisa ser revisitado sempre  seja para que o cemitério municipal ganhe enfim um habitante, seja para que possamos escutar, de novo, aquelas pérolas do tipo: "Não me venha com problemáticas. Eu quero é solucionáticas!"
E comparar os personagens com figuras dos noticiários reais será um prazer à parte.

Acréscimo em 14.1.2012: Não sei por qual razão não vi o filme no cinema. Vi muito tempo depois, em casa, pela TV a cabo. E detestei. Apesar do elenco de peso, o roteiro era tão ruim, mas tão ruim, que sequer terminei de assistir. Lastimável.

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