O Liberal adorou que lhe tenha sido dada munição e publicou matéria sobre o absenteísmo do deputado federal Jader Barbalho na Câmara. Ele é um gazeteiro de mão cheia e no único parecer que emitiu, como membro de uma comissão temática, o assunto era concessão para uma empresa de comunicação, tema no qual ele tem interesse absolutamente particular.
Hoje, o Diário do Pará, não tendo ninguém da família inimiga para atingir, vai de Wladimir Costa mesmo. E olha que o sujeito é do PMDB, partido do jornal em questão. Pelo visto, a intenção é dissipar um pouco a má impressão em torno do patrão, pela divulgação de outros cometas profissionais.
A conduta omissiva e abusiva desses parlamentares, contudo, não deveria surpreender ninguém. Quem se elege com vistas, única e exclusivamente, a angariar benefícios pessoais, usando a representação política como instrumento eficiente para se dar bem, não tem o menor compromisso com a frequência, com os debates, com as votações, com o exercício da democracia. Ele está fazendo apenas aquilo que poderíamos esperar dele.
Se eu entrasse em uma turma, no primeiro dia de aula, e anunciasse que estou ali pelo dinheiro e que não ligo para quem quer aprender, melhor seria que os alunos se movimentassem para me alijar imediatamente. Não teria sentido me deixar ficar para, depois, reclamar que falto muito ou que minhas aulas são ruins. Ou seja, querer remediar o problema já instalado.
Pode esquecer esse papo furado de perda de mandato ou de desconto nos polpudos rendimentos. Isso nunca acontecerá. Solução para gazeteiro é uma só: na escola, ser reprovado; na política, não ser re-eleito.
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