sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Que fazer com a liberdade?


Caroline Pivetta da Mota está livre. Refiro-me à pichadora mais famosa do país (na foto de Luísa Brito/G1, deixando a Penitenciária Feminina de Sant'Ana há cerca de uma hora — maravilha a Internet, não?).
Sim, ela merece o título porque, devido à ampla exploração de seu caso pela mídia, neste momento nenhum jovem transgressor por livre escolha é tão badalado quanto ela. Por mais que eu reprove isso, antes ela que um Leonardo Pareja da vida. Se não sabe quem foi Pareja, procure no Google (hoje não estou muito a fim de ter trabalho com consultas e links).
Na saída da carceragem, uma comemoração debochada e a glorificação de sua gangue. Podemos apostar que a festa acontecerá nos muros da cidade. Afinal, segundo a própria jovem, o que ela gosta é pichar coisas feias para agredir.
Já afirmei anteriormente que o tratamento persecutório dado a Pivetta (continuo achando o nome apropriado) foi realmente duro, sob a ótica estritamente penal. Contudo, tenho a nítida impressão que a moçoila pertence àquela categoria incorrigível, ainda mais quando se sente tão apoiada por todos os lados.
Esta é a crônica de uma pichação anunciada. Vem mais sujeira pela frente. Afinal, agora a proposta pode ser explorar a fama para agredir, desafiar e, quem sabe, levar a melhor de novo. Preparem-se para os próximos 15 minutos de celebridade. Inclusive o advogado.

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