Toda sala tem

Está fazendo sucesso no Orkut o quadro com as imagens abaixo, representando o universo das salas de aula.

Um monte de pessoas — estudantes, claro — colocou a imagem em seus álbuns de fotografias e haja colegas de turma comentando!

Fui da alfabetização à pós-graduação e estou há nove anos no exercício da docência. Posso assegurar que, sim, há uns tipos bastante recorrentes em sala de aula. Nem toda sala tem cada um desses, nem esses tipos acima são os únicos que poderiam ser cogitados (até porque o quadro foi construído sobre um ambiente universitário), mas sem dúvida há umas características que se repetem com enorme frequência.

Minha turma na graduação tinha os estudiosos, os desesperados (aqueles que dizem nunca terem estudado o bastante, que ficam amedrontados no dia da entrega das notas e que sempre se saem bem), os reclamões (como o colega que nunca concordava com pedidos para adiar a data da prova [juro, não era eu]), os desligados, os desenhistas, os sem-noção e os copiadores (muitos colegas só concluíram o curso graças ao caderno da Dione) e os matadores de aula (que, hoje, são uma categoria que me enerva). Tivemos casal de namorados e uns esquisitos, conhecidos como "o pântano". Por outro lado, também tivemos o grupo da alta "projeção social" e, creiam-me, dizer isto não era necessariamente elogiar.

Foram tempos maravilhosos. Sim, tenho um sonho de reunir todo mundo de novo, tão grande quanto a minha convicção de que isso jamais acontecerá. Meu sonho não é compartilhado por muitos e o grupo já se dissolveu numa diáspora que envolve até outros países. Mas a saudade também é uma coisa boa.

Sempre digo aos meus alunos que aproveitem os anos de faculdade. Certa vez, li que os melhores laços de amizade são aqueles construídos quando estamos na casa dos 20 anos. Até hoje, penso que deve ser verdade.