Sair de casa esta noite foi a coisa mais estúpida que eu poderia fazer. Três engarrafamentos depois — que somados ultrapassam uma hora —, inclusive com direito a sair de um para cair exatamente em outro, chegar em casa foi um alívio, sobretudo tendo a bordo uma criança tão pequena, necessitada de descanso em seu próprio berço. Some-se a isso a maior quantidade de ambulâncias em situação de emergência que já vi na vida. Se a coisa não estava boa para o meu lado, imagine para o dos doentes. Do jeito que a coisa anda (aliás, "andar" não é exatamente a melhor palavra) nesta cidade, muita gente vai morrer sem socorro médico, com o detalhe de estar dentro da ambulância. Anote aí. Sem condições de escoar o tráfego, não há como atender o necessitado. E o que dizer dos que estavam nos ônibus cheios? Eles pagaram R$ 1,70 para estar naquela situação...
Aceite um conselho de amigo: se não for realmente necessário sair de casa, fique nela. Ou aguente.
PS — Nenhum, não vi absolutamente nenhum agente de trânsito fazendo qualquer coisa útil nesse meio tempo. Na ida, após mais de 20 minutos preso na Pedro Álvares Cabral, vi um na esquina dessa rua com a Júlio César. Ele não ajudou a fazer o tráfego fluir, mas estava preenchendo o talonário de multa quando passei por ele. Na volta, nenhum agente mesmo. Nem naqueles ridículos picolés da CTBel, seja em São Brás, seja na Almirante Barroso com Júlio César. Claro, àquela altura já deviam estar em casa, descansando. Coisa que milhares de belenenses também gostariam de estar fazendo, mas não podiam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário