A atitude do presidente da Vale, Roger Agnelli, de propor a sempre lembrada flexibilização das leis trabalhistas, supostamente de forma temporária, enquanto perdura a crise econômica — quanto tempo ela vai durar, mesmo? —, mostra bem o que é essa empresa, que só engana quem come à sua mesa nos eventos que volta e meia promove.
A proposta do bonitão é "repartir um pouco o prejuízo". Repartir com o assalariado o prejuízo do patrão. Muito justo. Acho que a sociedade deve se mobilizar em torno dessa causa, assim que o alto escalão da Vale se comprometer a repartir um pouco os seus lucros com os empregados, tão logo a crise passe, mas em caráter definitivo e não temporário.
Que tal?
4 comentários:
Caro primo,
Esta frase do mestre Saramago 'ilustra' muito bem a situação:
"Estamos sempre mais ou menos cegos… Como custa tanto arranjar dinheiro numa emergência e, agora, de repente, saltam milhões! Onde estavam? Apareceram para salvar vidas? Não. Apareceram para salvar bancos". (José Saramago)
Abraços!!!
Um adendo.
Essa história de 'socilização dos prejuízos' é patética.
Incrível como não se fala na 'socialização dos lucros'.
Abraços
Não há novidade nessas safadezas, Jean. Nem a cara de pau do sujeito que faz uma proposta dessas tem o poder de nos surpreender. Mas é bom deixar bem claro o tamanho e a gravidade dessa vileza, porque não serão poucos a deixar que ela se concretize, desde que lhe gere algum prejuízo. Refiro-me, é claro, aos legisladores.
Boa Yúdice! E o pior é que não é só a Vale não. A CNI parece que adotou uma resolução parecida. Hj, o deputado petista Maurício Rands disse que o governo descarta qualquer possibilidade de mexer nos direitos trabalhistas. Assim esperamos. E que Lula não repita o papelão de 2003.
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