sábado, 6 de dezembro de 2008

Quantos pesos e medidas?


Se a China exige tanto que o mundo respeite a sua soberania — o que se expressa mais nitidamente na sua furiosa recusa a manifestações pela libertação do Tibete —, por que o presidente da França, Nicolas Sarkozy, não poderia encontrar e conversar com o Dalai Lama? Por que a França e seu povo deveriam sofrer retaliações (boicotes comerciais) em decorrência do encontro? Acaso a França não é também um país soberano, livre para estabelecer relações de amizade com quem bem entender?
Quem precisa defender seus pontos de vista dessa forma... Sei não... Só pode estar do lado errado. Não seria assim?

2 comentários:

Anônimo disse...

É, triste perceber que um país tão grande e cheio de potencial ainda insiste em manter traços de cerca de 50 anos atrás. É como um "flashback" da China que se negava a aceitar a política de "desestalinização". Falando em fins que justificam meios, parece que em algum lugar do lado errado, entre Jintao e Jiabao, se decidiu que a manutenção do poder está acima do bem do povo. Espero que o francês tenha um bom jogo de cintura para não queimar as mãos com essa sino-batata...

Yúdice Andrade disse...

A França é forte. Quanto à China, apesar de ser apontada como a maior potência do mundo dentro em breve, está ciente de suas limitações. Ela argumenta, ela se justifica, ela pondera, ela faz maquiagens (caso das Olimpíadas), porque sabe que precisa da comunidade internacional. Coisas da globalização. Hoje em dia, ninguém mais pode se dar ao luxo de se crer auto-suficiente. Na complicada guerra da macroeconomia, todo gigante um dia abaixa a cabeça.
Os americanos não estão miudinhos?