Há menos de uma hora, passei em frente ao supermercado Líder da Padre Eutíquio. O trânsito estava lento devido ao fechamento da Tamoios e aos habituais abusos dos condutores desta cidade. Assim, tive a oportunidade de escutar o que vociferava, com o tom raivoso habitual dos sindicalistas em plena atividade, o representante da União Geral dos Trabalhadores, aboletado em cima de um carro-som.
Aos berros, ele dizia que a luta da categoria não era apenas pelas condições de trabalho dos colegas, mas também pela saúde da população. Acusava os supermercados de vender mercadoria fora da validade ou mesmo estragada (o que já constatei pessoalmente várias vezes, em diferentes redes de supermercados), conclamando os consumidores a observarem bem o produto que adquiriam. Conclamação oportuna, lembro que a acusação — sob uma análise técnico-penal, constitui em tese um crime de difamação. Não quero ser chato ao dizê-lo, mas é o meu vício profissional e, além disso, esta postagem complementa uma anterior — "Bola fora (até demais)", três abaixo desta.
Oficialmente, a causa pretexto do movimento é a rejeição ao trabalho aos domingos e feriados. O sindicato entende que a norma coletiva é uma verdadeira escravização (no que lhe dou bastante razão).
Ou seja, a campanha da UGT continua firme e forte. E raivosa. Falta saber o que a categoria patronal fará. Desta vez, pelo menos, o Judiciário foi poupado das críticas. E havia até um banner pendurado no carro-som, com a mensagem "A Justiça tarda mas não falha."
Quanta confiança, não?
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