segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Feira do Livro 2009

Visitei ontem a XIII Feira Pan-Amazônica do Livro, evento que sempre aguardo e que considero da maior importância, num país que não valoriza a leitura. Andei por todos os espaços derretendo, porque a refrigeração não dava vencimento do volume de pessoas ali dentro, mesmo já sendo final de tarde e o sol não estando mais a pino e o sentimento final foi de... frustração. Uma frustração maior do que a dos anos anteriores.
Não sei o que representa a feira para quem vai lá fazer negócios. Só posso supor que vale muito a pena. Mas para o consumidor pouca ou nenhuma diferença faz, exceto se você tiver interesse em obras publicadas por editoras universitárias que só aparecem por aqui nessas ocasiões, obras essas difíceis de comprar até pela Internet, seja porque não são encontradas, seja porque fretes absurdos inviabilizam a aquisição. Meu irmão, p. ex., adquiriu por R$ 35,00 um livro que, pelo site da editora da UNICAMP, custava mais de R$ 50, com frete acima de R$ 40.
Mas isso é exceção. Veja-se o meu caso. Comprador habitual de livros, vou à feira atrás de novidades, de conteúdo mais específico. Já não me interessam os manuais, os livros genéricos de consulta rotineira. Preciso dos aprofundamentos. E mesmo o Direito sendo um dos campos onde mais se escreve, das obras primas às porcarias absolutas, os expositores só trazem as mesmas coisas de sempre. Raramente encontramos algo especial, que compramos naquela perspectiva de não encontrar mais. Este ano, p. ex., não encontrei nada. Comprei dois romances e só. E os preços?! Tão ou mais caros do que nas livrarias da cidade. Por isso, levei um caderninho para anotar os títulos que me interessavam e conferir se, pela Internet, não saía mais em conta. Anotei um título, apenas...
Enfim, espero que os eventos culturais associados à feira sejam bons. Apesar de que não estarei em nenhum deles.

5 comentários:

Tanto disse...

Yudice,

Já sinto isso, em relação à Feira do Livro, desde 2006. Não encontro novidades, boas oportunidades, nada. Os preços são, sim, iguais aos das livrarias, e as novidades ficam por conta, somente, das editoras universitárias ou estrangeiras (consigo encontrar coisas interessantes para treinar meu francês)!

Mas, fora isso, a Feira virou uma grande festa... não necessariamente de livros!

Yúdice Andrade disse...

Até as editoras estrangeiras enfraqueceram este ano, Fernando. Para nós, os benefícios pingam, no contagotas.

Francisco Rocha Junior disse...

Yúdice, o Edir Augusto escreveu duas postagens sobre o tema, que se complementam: uma sobre o conceito da Feira (http://opiniaonaosediscute.blogspot.com/2009/11/feira-canalha-mais-uma-vez.html) e outra sobre o fato da Feira não prestigiar autores paraenses (http://opiniaonaosediscute.blogspot.com/2009/07/meus-lancamentos.html).
Sou forçado a dizer que concordo com ambas as notas. Vou lá de teimosia, mas já sei que será aquela decepção de sempre. E esse ano nem tem artistas do país homenageado para melhorar um pouco o astral.

Yúdice Andrade disse...

Então estamos todos decepcionados, Francisco. Pena.

marcio disse...

Meu caro, Yudice, ainda sobre livros, que autor de Penal vc recomenda para os concursos? Um abraço. Márcio (de volta).