terça-feira, 3 de novembro de 2009

A nova rotatória (parte 4)

A manhã de hoje começou bastante aborrecida, com os tantos problemas de trânsito que precisei enfrentar para chegar ao trabalho, depois de deixar minha esposa. E o pior é pensar que boa parte desses problemas simplesmente não existiria, bastando que se incluísse um pouco de boa educação e de inteligência no cardápio do dia.
Reintegrado à vida urbana, hoje contornei pela primeira vez a rotatória da Júlio César com Pedro Álvares Cabral. Ainda à distância, começou a retenção do tráfego, consequência do afunilamento da pista. Não deveria acontecer, mas acontece. Percebi que muitos motoristas ficam inseguros sobre prosseguir ou não, embora até uma lesma, se não tiver comprado a carteira de habilitação, saiba que a preferência é de quem já circula pela rotatória. Decidi, em todo caso, por a culpa na estrutura física das pistas e no horário de pico de tráfego. Com um fluxo menor, certamente as coisas seriam mais tranquilas.
Horas mais tarde, retornando para casa num horário mais ameno, achei que tudo correria bem. Ao invés de contornar a rotatória, fiz apenas a conversão da Júlio César para a Pedro Álvares Cabral. Era para ser tudo simples, mas não foi. Motivo? Motoristas que pretendem dobrar à direita pegam a pista da esquerda e os que devem seguir pela rotatória, ao invés de seguir pela esquerda, vão pela direita. Ou seja, em algum momento avançam uns contra os outros e... tudo fica lento!
Imbecilidade, pura e simples. Com isso, já estou perdendo as esperanças de que esse complexo viário resolva as dificuldades do trânsito daquele local. Mesmo quando o elevado estiver pronto, vão encontrar alguma idiotice para fazer.
Que lástima...

2 comentários:

Tanto disse...

Esse é o problema, Yudice. Sempre que o homem encontra uma forma de resolver seus problemas, outro homem encontra uma forma idiotas de utilizar as soluções. O que dizes é correto: quando o elevador estiver pronto, vão sim encontrar mais alguma idiotice para fazer.

E não é só lá, na rotatória (futuro elevado)! Por toda a cidade o problema existe, e vai chegar a hora em que vamos parar, travar, sem que ninguém consiga ir ou voltar.

Há dois anos eu morava em Ananindeua e demorava uma hora, em média, para chegar na Presidente Vargas. Recentemente mudei para a Mundurucus, e não vai demorar estou passando uma hora no trânsito, de novo, desta vez em trajeto menor!

Como explicar? Ninguém explica, todos sofrem e ninguém faz nada!

Yúdice Andrade disse...

Futuro sombrio, meu amigo. Não gosto desses prognósticos catastróficos. Gosto de pensar que as coisas vão melhorar, até porque precisamos desses pensamentos para prosseguir. Mas a realidade coleciona decepções. Primeiro com os nossos governantes. E quando eles finalmente se mexem para fazer algo útil, vêm os próprios cidadãos avacalhar. Aí eu me sinto extremamente sombrio. E isso não é bom.