segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Perguntar não ofende

Se a estudante do vestido curto (omito o nome para zelar por sua privacidade, não por descortesia), que acabou expulsa da universidade por "postura incompatível com o ambiente", tivesse agredido verbal ou até fisicamente um professor - sem que o caso ganhasse repercussão na mídia, claro -, ela teria sido expulsa?
Honestamente, não me agradaria estudar numa instituição que defende tais valores. Afinal, que me conste, nenhum dos agressores foi incomodado. Todos seguirão suas vidas acadêmicas normalmente. Estará instalada a lógica malufiana do estupra mas não mata, transformada neste caso em agrida, humilhe e ameace, mas não mostre as pernas?
E ainda chamam para isso de educação com atitude...




Como vê acima, as consequências já começaram.

Acréscimo em 10.11.2009:
Vergastada por todos os lados, a faculdade meteu o rabo entre as pernas. Pior. Além de preconceituosa, covarde. Não sustenta a legalidade e a honorabilidade dos seus atos. É por isso que devemos pensar bem antes de abrir a boca.

5 comentários:

Anônimo disse...

Talvez um professor valha menos que um pedaço de pano, não?
Ana Miranda

Yúdice Andrade disse...

É esse o meu medo, Ana.

Anônimo disse...

É que agredir o professor seria uma continuidade da má educação reinante no ambiente, mas usar roupas curtas (de dia e na sala de aula) é uma súbita ruptura da hipocrisia reinante no mesmo ambiente. São as rupturas de incomodam.

Yúdice Andrade disse...

Exatamente por isso ando batendo cabeça e não consigo entender por qual motivo os estudantes fizeram o que fizeram, André.

Polyana disse...

O pior foi a atitude da universidade ao aplicar somente uma punição temporaria nos alunos agressores, classificando a atitude deles como "reação coletiva de defesa do ambiente escolar". Se foi só isso, por que foram punidos, ainda que em menor grau em relação à vítima? É uma vergonha que ninguém fale da atitude dos agressores e fique comentando somente a atitude da moça, suas roupas ao aparecer novamente em público e etc. Vergonhoso.