segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Exemplo oficial

Já lhes falei que considero delinquente, sem meias palavras, o indivíduo que sai de casa com as placas de seu veículo ocultas, ou até sem elas. Embora a desculpinha vagabunda esteja na ponta da língua ("quero me proteger de multas injustas"), a verdade é que isto implica em que o sujeito já sai de casa disposto a cometer infrações ou até crimes , confiante na impunidade.
Ontem, quando eu entrava no extorsivo estacionamento do Hangar para visitar a feira do livro, à minha frente havia um motocicleta com a placa parcialmente oculta.
E o que tem isso demais, vocês me perguntarão, já que quase todo motociclista da cidade comete a mesma safadeza? Simples: montado na moto estava um policial militar, com o uniforme completo, inclusive. Um agente de segurança pública mostrando às claras o que pensa sobre cumprir as leis. As mesmas leis cuja observância irrestrita ele cuspirá na cara dos outros, na primeira oportunidade.
Ato contínuo, pus a mão no console do carro para pegar a câmera e registrar a cena. Aí veio a decepção: esquecera a câmera em casa. O jeito então é lhes informar que, mesmo com o objeto pendurado na placa, de perto era possível ler: JVV 2526. Se for abordado por um PM com essa motocicleta, pergunte a ele se quem viola as leis tem moral para enquadrar os outros.

10 comentários:

Tanto disse...

Neste ponto (mais um) estou contigo. Absurdo essa questão de placa de motos! Prova de que a coisa toda é normal: um PM, devidamente fardado... Realmente!

Yúdice Andrade disse...

É por isso que aprecio desnudar os discursos moralistas que as pessoas, principalmente as autoridades, adoram fazer.

Anônimo disse...

Engraçado, depois de ler vc falando sobre ocultamento de placas é que eu percebi que nunca reparei se isso ocorre em Juiz de Fora, creio que não, pois tenho o hábito de brincar de formar frases com as letras do carro da frente enquanto espero o sinal abrir, e nunca vi uma placa oculta.
Agora acho uma puta sacanagem se fazer isso, isso vindo de uma autoridade então... Sem comentários.
Boa tarde!!!
Ana Miranda

Yúdice Andrade disse...

Ahá! Agora te peguei, Ana! Todas as vezes que menciono algo desfavorável aqui da terrinha, dizes que aí em Minas é a mesma coisa. Desta vez, não.
Folgo em saber que os mineiros, pelo menos os de Juiz de Fora, são mais responsáveis neste quesito. Aqui, só quando as autoridades resolverem vestir calças.
No mais, encontrei alguém que também tem manias malucas para passar o tempo. Sempre tive mania de contar os carros de certa cor, quantas mulheres usavam brinco, quantas pessoas passavam por mim de roupa verde, etc. Se for loucura, vamos compartilhar a ala!

Anônimo disse...

Ih, nem te conto. Eu sou cheia de maluquices. Uma delas é contar os carros, aí o 10º tem que ser de uma determinada cor, é claro que raríssimas vezes coincide. Tenho muitas outras maluquices...
Eh...eh...eh...
Ana Miranda

Anônimo disse...

Faça um teste: entre no Google, digite a placa do indivíduo e clique em Estou com sorte.

Alexandre

Yúdice Andrade disse...

Por um momento, Alexandre, pensei que fosse chegar ao site do DETRAN e ficar sabendo o nome do dono da moto...

Anônimo disse...

(risos) Me desculpe, Yúdice. Foi só para descontrair. Mas se fosse fácil assim descobrir o dono do veículo eu já teria "dado um jeito" em muita gente.

Alexandre

Lafayette disse...

Yúdice, quando comecei a ler, pensei, "vou falar do dia que vi dois militares (carona), fardados, sem capacetes e com um cartão telefônico cobrindo as letras da placa"...

Putz, será que era o mesmo dono da moto, o FDP? Acho que não, foi ano passado isto.

Yúdice Andrade disse...

Eram do mesmo pelotão, Lafa.