segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Castração voluntária

Castração química voluntária é proposta na Argentina
Com a intenção de resolver o problema da reincidência de crimes de abuso sexual, o governador da província de Mendoza, na Argentina, Celso Jaque, pretende implementar a castração química voluntária Segundo ele, não há sequer necessidade de mudar o Código Processual da província, já que é um tratamento que se pretende oferecer e não uma punição a ser aplicada. As informações são do Tucumán Noticias.
Em outubro, quando o governador anunciou a iniciativa, havia especulação sobre a necessidade de se reformar o Código Processual. Para o governo da província, apenas se pretendesse tornar a prática obrigatória é que seria necessário modificar não apenas o Código Penal, como também a Constituição do país.
O governador explicou que o tratamento médico não vai refletir na pena dos condenados, já que não haverá progressão de regime nem se aplicará penas menos rigorosas. Os detentos, que aceitassem se submeter ao tratamento, poderiam obter o benefício, já que, lá, a última palavra sobre o assunto é do governador.
A comissão, criada pelo governador de Mendoza e que formulou as propostas sobre o tema, também sugeriu que se desse mais proteção à vítima ou testemunha de crime sexual. O ministro do governo, Mario Adaro, disse que os condenados que já possam sair temporariamente da prisão usarão pulseiras magnéticas para que o Judiciário tenha mais controle sobre eles.
O governador recebeu as propostas de um conselho formado por psiquiatras, psicólogos, endocrinologistas, entre outros. O conselho foi convocado em outubro para estabelecer um tratamento médico para reincidentes em crimes de abuso sexual. O governador estima que o programa começará a ser aplicado no meio de 2010.


Uma pergunta continua no ar: e o acompanhamento posterior do indivíduo? Se possuidor de transtornos sexuais, a impossibilidade física quanto ao ato sexual não eliminará os impulsos agressivos, com o detalhe de que a violência pode ser canalizada para outras condutas, notadamente o homicídio.
Não é assim que queremos resolver o problema, certo?

3 comentários:

Anônimo disse...

E mesmo porque todo estuprador já é violento, acabar com a sua ereção, não vai acabar com o problema, ele vai continuar atacando mulheres e agredindo-as violentamente, talvez até para mostrar que ele ainda é "homem", ele fique até bem mais violento.
Complicado isso, viu...
Ana Miranda

Yúdice Andrade disse...

É exatamente esse o prognóstico, Ana. Talvez pelo fato de a medida ser voluntária, decerto que acompanhada de apoio psicológico, haja alguma chance de isso dar certo. Mas não tenho informações sobre a existência desse apoio.

Anônimo disse...

Melhor não opinar.

Alexandre