quinta-feira, 13 de maio de 2010

Está faltando ansiolítico nas farmácias da cidade?

A postagem sobre os novos nomes dos aeroportos de Belém, imediatamente anterior a esta, e que foi concebida como uma gentileza à memória dos dois homenageados, foi mal interpretada por um desses anônimos que se beneficiam da falta de infraestrutura em saúde mental na rede pública, o qual me desferiu esta agressão gratuita:

Meu caro, você é muito novinho, inexperiente ou não tem o mínimo conhecimento da história verdadeira de nossa terra.
Além disso, ainda é irônico.
Não é verdade que apenas "consta" que o Tenente-Brigadeiro do Ar PROTÁSIO LOPES DE OLIVEIRA atuou decisivamente na "integração da Amazônia", trabalhando junto aos índios e ribeirinhos. Não apenas consta, não... Ele REALMENTE atuou. E foi um grande brasileiro.
O serviço prestado pela Aeronáutica, pela FAB, enfim, pelos militares, padres e outros voluntários e profissionais REALMENTE enobrece a história de nossa terra e nos enche de orgulho.
Você precisa conhecer melhor os grandes vultos históricos de Belém, do Pará, da Amazônia e do Brasil.
Imagino que "consta" que você pode ser uma pessoa inteligente. Consta, não é?
Tenho dito.


Eis a resposta que lhe deixei:

Das 18h11, se você é da família, amigo ou devedor do brigadeiro citado, poderia ter, simplesmente, aparecido aqui dizendo: "Olá, dono do blog, na qualidade de parente, amigo ou devedor do brigadeiro Protásio, gostaria de informar que..."
E eu receberia com muita alegria as suas contribuições, porque gosto muito de História e tenho todo o interesse em conhecer a da nossa região, que é por demais negligenciada. Aliás, foi bem complicado conseguir, através da Internet, informações sobre o brigadeiro. Você perdeu a oportunidade de nos ajudar a conhecer melhor esse personagem, até porque não forneceu nenhuma informação concreta, limitando-se a dizer sim, ele fez isso e partindo para um ataque infantil e debiloide.
O interessante é que o objetivo da postagem era preservar a memória (veja o marcador) dos dois personagens e não ofender nenhum deles. E se usei o verbo "constar" e expressões entre aspas, foi justamente porque não encontrei nenhuma informação oficial e, por cautela científica, redigi assim, sem nenhuma intenção cínica.
Pessoalmente, não tenho nenhuma dúvida de que o brigadeiro Protásio trabalhou muito pela Amazônia e lamento que não haja maiores fontes de consulta a seu respeito. Lamento, sobretudo, que uma pessoa assim valiosa tenha, entre seus defensores, neurastênicos descompensados como você.
Fazia tempo que eu não dizia isso: vá tomar os seus remédios.
É cada um que aparece...


Acabo de me lembrar o motivo pelo qual escrevi "integração da Amazônia" entre aspas.
Como sabemos, concepções equivocadas do passado, até hoje sustentadas por alguns desavisados, partiam da premissa de que o desenvolvimento do país exigia a integração de todos os brasileiros, o que no caso dos indígenas e povos tradicionais implicava em um processo de assimilação da cultura oficial, com perda das próprias raízes. Hoje, felizmente, compreende-se a importância de manter os povos tradicionais firmemente vinculados a suas raízes.
Daí resulta que tenho prevenções contra esse discurso de integração, que foi tão largamente utilizado pelos militares em um período da História brasileira que dá, a eles, bem poucas credenciais de respeito.
Por isso, destaquei a expressão como indicativo da minha reserva pessoal. Mas isso não significa, de modo algum, que eu considere todos os militares uns canalhas ou que ninguém tenha realizado um trabalho positivo para esses brasileiros abandonados. Digo uma vez mais, é difícil conseguir informações para separar o joio do trigo.
Presto este esclarecimento aos leitores habituais do blog, pessoas cordatas e que aqui acorrem para deixar manifestações úteis e críticas construtivas. O que, definitivamente, não é o caso do anônimo em apreço.
Sempre anônimos...

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