segunda-feira, 3 de maio de 2010

Troca de bebês

Sinceramente, não consigo pensar em como se sente uma pessoa que, após um ano de convivência, precisa entregar o bebê que criou como filho a outra família e receber uma criança estranha no lugar, como ocorreu com uma família de Goiânia. A imagem das mães chorando me sensibilizou muito.

Quando Júlia nasceu, um ano e nove meses atrás, desenvolvi uma pequena, mas inegável paranoia. Felizmente temporária. Não queria perdê-la de vista nem um momento sequer. Acompanhei o parto mas, assim que a pediatra neonatologista retirou minha filha da sala, fui atrás dela, deixando para trás a esposa, sob os cuidados dos médicos. Tivemos o privilégio de possuir uma pessoa da família, também pediatra, acompanhando tudo, o que me deixou mais tranquilo. Mesmo assim, quando findos todos os procedimentos, houve um lance rápido em que Júlia saiu do centro cirúrgico não sei para onde. Eu imaginava que ela estava no colo da tia, mas aquilo foi extremamente incômodo para mim. Só me conformei quando ela estava diante de meus olhos de novo e, mesmo assim, dei uma boa espiada na cara, nas roupas e demais elementos que podiam confirmar sua identidade.

Enfim, Deus me livre passar por algo assim!

A paranoia atual é com desaparecimento. Não é nada grave, nada que afete minha vida. Mas é um medo real e por isso não facilitamos jamais.

3 comentários:

Ana Miranda disse...

Olha, eu nunca pensei nessa hipótese, maluca do jeito que eu sou, conseguiria deixar todo mundo doido no hospital se acrescentasse mais essa neura às tantas que já possuo...

Yúdice Andrade disse...

Ninguém espera que algo assim vá acontecer, Ana. Por isso não enlouquecemos a equipe da maternidade. Mas vale a pena dar uma boa olhada na cara do bebê, imediatamente após o nascimento.

Anônimo disse...

Yúdice há uns 5 anos atrás , fomos a um shopping eu Bia e Antonio ,a época com 5 anos , quando entramos na praça de alimentação me distraí confiando na Bia que se distraiu confiando em mim e de repente ; cadê o Antonio????
Entrei em pânico , corrí pro segurança pedindo para que barrasem saídas de criança ,etc enlouquecí.O Drama deve ter durado uns 3 min pois já a Bia encontrava o Antonio numa loja de brinquedos pertinho de onde estávamos.Desabei a chorar agarrado ao Antonio e posso afirmar : aqueles 3 min foram horas e o pior momento que viví na vida muito mais doloroso que a morte do meu pai , por exemplo.Desde então combinamos sempre estratégias , eu e Bia mas agora o moleque é adoslecente e começa a sair sozinho , tensão total.
Beijos na Julinha
Tadeu