Desde que eclodiu o caso da moça que dizia estar grávida, mas que o médico dizia não estar, o grande público foi apresentado a um tema inusitado: pseudociese, a gestação psicológica.
Para o público leigo, a explicação mais provável para o estranho caso seria erro médico. Não apenas por conta da atual histeria que leva as pessoas a desconfiar de tudo que os profissionais de saúde fazem, mas também pelo aparente absurdo que seria uma grávida não estar grávida, ainda mais se existem documentos afirmando a prenhez. Curiosamente, para mim, desde o primeiro momento, a hipótese mais razoável era mesmo a de gestação psicológica. Muito mais irracional seria pensar que um médico com décadas de atuação respeitável jogaria fora sua carreira com uma barbeiragem tão abusiva.
Por isso, embora não conheça nenhum dos personagens dessa história, recebo com alívio a notícia de que novos exames provaram que a moça não estava gestante no momento em que submetida à cirurgia cesariana. Segundo a delegada que preside o inquérito, a hipótese mais provável, agora, é de que a jovem tenha desenvolvido a pseudociese após um abortamento, o que explicaria o fato de ela possuir duas ultrassonografias regulares, reveladoras de que esteve mesmo grávida. Com isso, a acusadora não estaria de má fé, e sim sob perturbação psicológica, precisando de tratamento especializado.
No final das contas, o nó da questão está na atuação do(s) médico(s) que mandou(aram) a paciente para uma cesariana, sem identificar a sua situação atual. Aguardemos os próximos capítulos.
3 comentários:
Eu sempre comentei com Bem que eu confiava no médico que disse não haver bebê pelo simples fato de nunca ter havido uma gravidez.
E ainda hoje eu vi na televisão que uma garota de 15 anos se passou por auxliar de enfermagem e roubou uma recém nascida.
Quando ela chegou em casa com a criança, seus pais acionaram a polícia e disseram que ela havia sofrido um aborto há pouco tempo.
Coitada dessa garota, precisa urgentemente de ajuda psiquiátrica.
Ela escreveu uma carta à mãe da criança pedindo desculpas.
Ok, ela cometeu um ato hediondo, deixou os pais e familaiares da recém nascida completamente atorduados, concordo que se fosse comigo eu talvez até desse uns tapas nela, mas ela realmente precisa de ajuda.
E urgentemente.
Espero que ela receba mesmo esse apoio, Ana. Aliás, as duas.
Na verdade, o que precisamos é de um sistema de saúde que funcione. A assistência à maternidade não pode limitar-se à gestação e parto, somente; deve alcançar também o acompanhanto de mulheres em situação de abortamento, para prevenir dramas como esses.
Mas aí entro quase que no reino da utopia...
Pois é Yúdice, eu tive 3 abortos, 2antes do meu 1º filho e um depois.
É horrível como ficamos depois de ocorrido o fato. Na minha 1ª gravidez eu ainda não tinha completado 16 anos, era o 1º neto dos dos dois lados, fizemos festa para comemorar e eu perdi o bebê no 4º mês de gestação.
Eu lembro que fiquei arrasada e levei uns 20 dia para sair de casa. E olha que eu só tinha 15 anos...
A minha sorte é ter um marido muito compreensivo, pois foi a única ajuda que tive.
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