quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

"Levar para casa eu não vou"

No Município de Palhoça, na Grande Florianópolis (ô saudade!), a delegada Andréa Pacheco está resolvendo o problema da ausência de vagas na carceragem mantendo os presos acorrentados no pátio. Levar para casa é que não vai, esclarece. Para piorar, as correntes e cadeados são comprados com dinheiro saído do bolso dos próprios policiais.
Aguardemos as consequências.

4 comentários:

Anônimo disse...

É caro amigo Yudice, a falência do sistema prisional não é exclusividade nossa, é mazela de ordem nacional. A verdade é que a construção de cadeias e investimento em segurança Pública , não da voto , o que da voto e a entrega de títulos de terra e inauguração de hospitais, como os que o aloprado de plantão, vem inaugurar em nossa capital.
Assim é o Brasil amigo Yudice. Agora, todos querem chutar cachorro morto(delegada, promotor e juíza), assim é facil.

Anônimo disse...

Pois é Yúdice, eu jpa imaginava que tal caso fosse ganhar a mídia nacional, afinal a notícia é uma carinça podre, pronta para os abutres que sobrevoam se degustarem.

O triste é perceber que o discurso dos meios de comunicação foi uníssono: "Falta investimento na segurança pública. O Brasil carece de instituições para alocar esses 'vagabundos'".

Não vejo um futuro com horizontes radiantes, no momento em que a medida mais aclamada é a de se investir em instituições de prisões e não mais se discutir o porquê do aumento exponcial da massa carcerária.

Abraço primo!!!

Yúdice Andrade disse...

Caro anônimo, concordo com você exceto quanto a uma detalhe: as autoridades citadas como cachorros mortos não estão mortas, não. Podem estar no olho do furacão, mas têm bala na agulha (pelo menos a delegada, literalmente falando!).
Elas dispõem de associações de classe bastante organizadas e rápidas em proteger seus associados. Usufruem do corporativismo. Menos a delegada, obviamente, recebem vencimentos polpudos, que lhes permitem acesso a bons advogados. Podem até cair, se os superiores entregarem os anéis para conservar os dedos, como costuma acontecer, mas se agarrarão intensamente.
Concordo que devamos responsabilizar todos os culpados. Concordo até que apenas a raia miúda (que, no caso, não é exatamente miúda) tenha sofrido as conseqüências até aqui. Mas, convenhamos, foi merecido.

Yúdice Andrade disse...

Jean, aguardei uma manifestação tua, já que a coisa aconteceu no teu setor. E o que dizes é correto. Continuaremos nessa de construir celas e apenas isso. Para cada vaga que abrir, haverá dez seres humanos para enfiar nela. Ou seja, tudo como dantes.