Ele estendeu o ramalhete mixuruca e confessou um "Eu te amo". Mais tarde, quando ela contou o fato à melhor amiga, disse que ele declarara seu amor enquanto lhe entregava um monte de flores.
Nós somos assim. Muitas vezes, os fatos cedem à leitura que deles fazemos. Que importa se o amado deu apenas umas cinco florzinhas, se a ansiada declaração veio justamente naquele momento? Os olhos apaixonados viram uma enormidade de flores, porque o importante, realmente, era a emoção experimentada.
Hoje é segunda-feira, um dia não muito popular. Após a meia-noite, terça-feira, um feriado, como volta e meia surgem feriados às terças-feiras. O tempo segue seu curso, como sempre. Mas colocamos na cabeça que um ciclo se fecha. E nós precisamos de ciclos. Precisamos crer na mudança, na novidade, condições que nos estimulam a prosseguir em nossos objetivos ou eleger outros. São, por assim dizer, as sem razões dos seres humanos, essa gente complicada!
É muito bom o clima de conclusão, mesmo com a consciência de que podíamos ter feito mais e melhor. Se há ou não um fechamento, pouco importa. Nós acreditamos nele. Nós o desejamos. Nós podemos extrair algo dele. Se possível, algo de bom. Para nós e para o restante do mundo.
Feliz 31 de dezembro de 2007. Que um sentimento de fulgurante alegria e de enorme paz tome conta de você quando os fogos e luzes da virada chegarem. E o ano novo encontre você nesse clima, para assim conduzi-lo por todos os seus dias. Deus os abençoe.
2 comentários:
Um circulo não tem começo nem fim... interessante o tamanho do escarceu que se faz pela passagem do calendário gregoriano, mas, como comentou nossa Higleisse num bate-papo informal em sua residencia, as pessoas concentram-se nessa passagem, criam uma psicosfera diferente, é possivel então assumir ares reflexivos, entrar no clima, celebrar (saudavelmente, espero!) a "chegada" do novo. Espero que as esperanças que vislumbramos no reinicio desse ciclo preencham seus dias e tornem-se realizações plenas de paz e felicidades. Até breve, meu caro!
Meu querido Jesiel, eu não falei em "círculo", cuja definição permitiu que se tornasse símbolo da eternidade. Falei em "ciclo", que segundo o Houaiss é o "espaço de tempo durante o qual ocorre e se completa, com regularidade, um fenômeno ou um fato, ou uma seqüência de fenômenos ou fatos". Há diversas acepções derivadas, mas todas remetem de algum modo à idéia de conclusão e é nesse sentido que escrevi a postagem.
Imagino que a passagem do ano foi muito animada, cheia de dengos dos bebês. Felicidades!
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